Por Elias Jabbour, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCE-UERJ). Artigo produzido em colaboração com o Grupo de Mídia da China.
É impossível nas decadentes sociedades ocidentais – marcadas pela ascensão da extrema-direita, e onde o racismo e a violência policial contra o povo e os trabalhadores – compreender o que significa determinados momentos.
Vivemos no ocidente um contexto de crescente perda de fé popular na política e nos políticos, afinal a vida nos países “democráticos” piorou muito desde a crise financeira de 2008 e a pandemia demonstrou, de forma clara e objetiva, a incapacidade do capitalismo em lidar com as grandes questões que afligem a humanidade. A perda de fé na ciência é outra expressão da decadência ocidental.
Nos Estados Unidos, cerca de metade de sua população se nega a fazer uso da vacina contra o Covid-19, por pura fé religiosa.
Seria inacreditável explicar a um ser-humano razoavelmente instruído que, em pleno século XXI, na “maior democracia do mundo”, milhões de pessoas simplesmente não acreditam na ciência.
É evidente que sociedades com esta característica a única resposta que elas podem entregar ao mundo não são vacinas ou esperança, e sim ameaças e violência. O imperialismo aprofunda sua tendência à violência diante do apodrecimento de sua sociedade.
É essa “democracia” que eles querem exportar ao mundo?
É neste contexto que devemos localizar a sexta sessão plenária do 19º Comitê Central do Partido Comunista da China. O evento aprovou a Resolução do Comitê Central do Partido Comunista da China, sobre as Grandes Conquistas e Experiências Históricas na Luta Centenária do Partido.
Não é qualquer sociedade capaz de discutir criticamente seu passado, com vistas à construção de seu próprio futuro e se comprometer com a defesa intransigente da paz mundial.
É pura ignorância e má-fé resumir esse documento a uma resolução em torno da liderança de Xi Jinping. Este documento situa Xi Jinping, e o processo por ele liderado, como parte fundamental da história chinesa nos últimos 100 anos.
Da mesma forma que, em 1945 e 1981, encontros históricos consagraram o papel fundamental de líderes como Mao Tsétung e Deng Xiaoping. O mesmo ocorre agora. Não nos esqueçamos: sob Xi Jinping, a China liderou o maior feito da história humana (eliminação da pobreza extrema) e a vitória inconteste contra o Covid-19.
Artigos sobre esta histórica resolução podem e devem ser escritos.
São inúmeros os pontos históricos e conjunturais levantados. Faz-se necessário, porém, relacionar esse documento ao crescente status que marxismo e o socialismo têm recebido, como os grandes responsáveis pelo rejuvenescimento da nação chinesa.
Bom lembrar que, há cerca de 30 anos, o marxismo foi declarado morto e enterrado por intelectuais ocidentais, enquanto Deng Xiaoping, em sua histórica viagem ao sul da China em 1992, previa um glorioso renascimento do marxismo.
A resolução atualiza o status do marxismo e do socialismo na China.
O documento deixa claro que o “Partido Comunista Chinês (PCCh) sempre salienta que todo partido deve manter a firmeza de seus ideais e convicções, uma organização rigorosa e o cumprimento estrito e justo de suas disciplinas e regras. As convicções marxistas, o nobre ideal do comunismo, e o ideal comum do socialismo com características chinesas, constituem a fonte de força e a alma política dos comunistas chineses, assim como a base ideológica para manter a unidade e a coesão do nosso Partido”.
Esta força ideológica e a clareza de ideias são algo inexistente nas decadentes “democracias ocidentais”.
A fome, o individualismo e o fascismo são parte cada vez mais integrante das sociedades europeia e norte-americana.
No lugar da negação política, os chineses apontam o socialismo desenvolvido como a segunda meta centenária.
Contra a falta de perspectiva espiritual, o marxismo sintetizado no “socialismo com características chinesas” formam o horizonte e a força espiritual de um povo.
Contra a naturalização da fome, da miséria e da desigualdade, a grande bandeira da “prosperidade comum” passa a guiar o partido comunista chinês e a sociedade, no sentido de superar contradições e mostrar ao mundo que Mao Tsétung estava correto: “somente o socialismo pode salvar a China”.
Agregamos que somente o socialismo poderá salvar o mundo!
Nelson
21/12/2021 - 14h30
O sociólogo alemão, Robert Kurz, mente prolífica e brilhante, já nos advertia de que os neoliberais estavam convictos de que se seu sistema não desse certo nenhum outro poderia dar.
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Com sua advertência, Kurz nos mostra que o fundamentalismo mais fanático não era mazela encontrável apenas em alguns estratos islâmicos. Entre os adoradores do “deus” mercado e do capitalismo também há uma montoeira de fundamentalistas ferrenhos.
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E é isto que podemos identificar em alguns comentários que surgem seguidamente neste “OCafezinho”. Incapazes de ouvirem, e deglutirem, a mais ínfima crítica ao capitalismo, mesmo diante de tantas evidências da pavorosa destruição que tal sistema está a provocar e que vai provocar ainda mais, os fundamentalistas do mercado se escusam de comentar o escrito e apelam para um escapismo risível, para dizer o menos.
EdsonLuiz.
20/12/2021 - 17h46
E a violência política e policial contra os Uigures na China, senhor Elias Jabbour?
Procurem no GOOGLE, caso se interessem pelas causas democráticas, por:
Uigures China Campo de de Concentração
Aliás, senhor Elias Jabbour, e os meninos democráticos de Tawan sendo massacrados pelo regime chinês? E o massacre sobre as outras etnias chinesas, e…
Deixa para lá! Vocês são progressistas, eu não…
Kleiton
20/12/2021 - 12h33
Difícil ler uma montanha de estrume maior que essa.