Brasil de Fato – Nesta noite de domingo (19), encerrou-se a votação que decidiu o novo presidente do Chile na disputa entre o candidato de esquerda Gabriel Boric e José Antonio Kast, da extrema direita.
De acordo com o site Decide Chile, já por volta das 19h30 (horário de Brasília), era possível afirmar que Boric era o vitorioso da eleição. Com quase todos os votos apurados (90%), o candidato da esquerda consolidou uma vantagem de 10% do total. Boric teve 55,7% dos votos, contra 44,3% de Kast. Nesse ponto, inclusive, o candidato da extrema direita reconheceu a derrota e parabenizou Boric.
Como foi a votação
A votação foi tumultuada pela falta de transporte público. A hashtag #SueltenLasMicros (“liberem os ônibus”) e #Boric ganharam repercussão no Twitter com uma série de denúncias acerca da redução da frota da ônibus em Santiago, capital do Chile, neste domingo (19) durante a votação.
Além de denuncias nas redes sociais, o comando de campanha de Gabriel Boric denunciou uma redução de pelo menos 50% na circulação de ônibus na cidade e uma diminuição também em outras cidades, entre elas, Valparaíso, Rancagua e Viña del Mar. O ato prejudica a locomoção de eleitores e consequentemente poderão refletir no resultado das eleições.
A chefe de campanha de Boric, Izkia Siches, e outras figuras da coalizão progressista Aprovo Dignidade mobilizaram iniciativas de compartilhamento de veículos privados ou até mesmo associações de táxis que estão oferecendo descontos especiais pelas eleições.
Governo Piñera nega as acusações
A ministra de Transportes e Telecomunicações do governo de Sebastián Piñera, Gloria Hutt, negou as acusações e disse que a circulação observada neste domingo corresponde à programação normal dos ônibus coletivos para um fim de semana. Ela disse ainda que o Metrô de Santiago funciona gratuitamente e publicou um mapa em suas redes sociais da circulação dos ônibus.
No Brasil, o ex-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos denunciou o ato nas suas redes sociais.
De qualquer forma, de acordo com dados do Metrô do Chile, o movimento de pessoas neste turno foi 42% maior em relação ao movimento do 1o turno
Walter
20/12/2021 - 07h19
O dia que a direita ganhar uma eleição limpa, honesta, lícita é porque o capitalismo acabou.
Kleiton
19/12/2021 - 21h15
O Chile já foi uma ilha no deserto da desgraça da América Latina, há tempo não é mais.
Paulo
19/12/2021 - 21h07
Não sei a composição do Congresso chileno, mas, dependendo do caso, nossas feministas passarão a dispor de outra opção para abortar…Portanto, se não der certo na Argentina, é só esticar um pouco mais a viagem…