O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o médico e almirante Antonio Barra Torres, reagiu nesta sexta-feira, 17, as ameaças de Jair Bolsonaro.
Primeiramente, o militar defendeu o corpo técnico do órgão e deixou claro que se houvesse uma lista dos servidores que participaram da aprovação da vacina Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, seu nome estaria no topo.
Na live de ontem, Bolsonaro anunciou que divulgaria a relação de todos os técnicos que aprovaram o imunizante para essa faixa etária. Além de querer desqualificar a vacina, o objetivo do inquilino do Planalto é insuflar sua base radical de apoio a atacar os servidores.
“Na decisão que foi tornada pública no dia de ontem, se formos consultar todas as pessoas que ali contribuíram direta ou indiretamente para que aquele posicionamento fosse estabelecido, essa lista por certo contaria com mais de 1.600 nomes, porque todas nossas atividades estão entrelaçadas”, disse Barra Torres durante reunião da diretoria.
“Desses, até por questão de ordem alfabética e não importância, porque todos são essenciais, seguramente na letra A o meu nome vai estar lá como um dos primeiros, pela minha inicial. E também lá estarão os nomes de toda diretoria da Anvisa”, completou.
O presidente da Anvisa também declarou que não é momento para violência e que o inimigo é a Covid-19 que já “golpeou” mais de 600 mil famílias com a morte de parentes.
“Não é tempo de violência e sentimentos menores, a luta ainda vai longa. Precisamos manter a máscara, evitar aglomeração que pode ser evitada, a boa higienização das mãos e lembrar que o eixo do combate à pandemia é e continuará sendo vacina, vacina e vacina”.