O pré-candidato e ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) resolveu condenar o motim da Polícia Militar do Ceará realizado em fevereiro de 2020, quase dois anos atrás.
Na época, Moro foi ao estado como ministro da Justiça para tentar auxiliar nas negociações, mas acabou elogiando os “policiais” que paralisaram as atividades de forma criminosa, aterrorizando a população cearense por 13 dias. Vale lembrar que a greve de policiais militares é ilegal pela Constituição de 1988.
“Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição. O STF (Supremo Tribunal Federal) já decidiu isso”, disse Moro a época.
Já nesta segunda, 6, o ex-ministro do Governo Bolsonaro concedeu entrevista a Rádio O Povo CBN, como pré-candidato a presidência, e resolveu condenar o movimento criminoso.
“Isso é muito fácil de explicar. Tinha uma crise de segurança, os policiais militares estavam em paralisação. A gente valoriza muito (esses agentes), mas toda greve de PMs é fora da lei”, disse.
Mas ao mesmo tempo que criticou tardiamente o motim, Moro resolveu atacar o governador Camilo Santana (PT) pela “falta de diálogo” com os amotinados. O ex-juiz acusou Camilo de quebrar as pontes.
“Tinha um clima aqui no Estado, o governador fez críticas muito severas aos PMs e rompeu todas as pontes que tinha entre governo e PMs”.
Assista a entrevista na íntegra!