Em seu artigo publicado na Folha, o pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), afirmou que a base do PSDB “não existe mais”.
Na avaliação do psolista, a queda livre dos tucanos começou em 2014, quando Aécio Neves não aceitou a derrota para Dilma Rousseff e destruiu a base social do partido.
“Entusiasmados com a onda de antipolítica —crentes de que se beneficiariam dela—, os tucanos foram engolidos pelo turbilhão e varridos por Bolsonaro. […] A base tucana foi tomada de assalto pelo bolsonarismo em 2018 e não demonstra nenhuma intenção de retorno”, escreveu.
“Não há compromisso com nenhuma ideia a não ser os interesses da Faria Lima. O PSDB não tem mais qualquer projeto de país, apenas de poder, e mesmo nesse vai mal das pernas”, completou.
Boulos também observou que as prévias do PSDB tem recebido “atenção midiática desproporcional” na tentativa de construir a força uma candidatura de terceira via. “Quem não consegue gerir sequer um aplicativo não tem a menor condição de gerir o Brasil”.
Klaus
24/11/2021 - 03h09
Cafezinho virou antro de direitos amargos. Pt tirando pobretude da miséria e o povo reclamando
Paulo
23/11/2021 - 21h28
Ele está certo, mas, qual é o “projeto de país” do PSOL?
EdsonLuiz.
23/11/2021 - 18h09
Assim não, Boulos! Assim, é você que vai se igualar a uma política menor. Assim, rasteiro, generalizando aspectos e atores e desconsiderando os quadros técnicos que esse partido possui, você vai se igualar exatamente à parte da política menor do PSDB que você condena.
O PSDB de hoje não tem mesmo a qualidade polįtica que tinha na sua fundação e no auge desse partido, durante os mandatos de Fernando Henrique como presidente, quando eles conseguiram transformar um entulho, que entulho é a melhor imagem para o Brasil que saiu da ditadura militar, em um rascunho razoável de país, rascunho que o despreparo técnico, as ideias erradas, o vício populista e a corrupção do lulismo enterraram nessa que foi a maior recessão da história da nossa economia, com suas consequências de desemprego, desinvestimento, alta da taxa de juros e perda de receita a ponto de comprometerem até mesmo o financiamento de programas sociais de que o PT tanto fala e de terem precisado passar a manipular a execução do orçamento federal.
O PSDB possui imensos defeitos. Já possuía defeitos antes de sua transformação. Um dos defeitos, muito grave em um partido social democrata atuando em um país tão desigual e com tanta miséria, eram seus limites ideológicos, que tornavam insuficientes as prioridades de suas políticas sociais. Mas que tinham as qualidades de serem implementadas com competência e serem sustentáveis.
Depois daqueles avanços que o PSDB introduziu, ainda que insuficientes, praticamente nada mais avançou no Brasil e muita coisa passou a ser destruída, tanto pelo PT como agora, por bolsonaro.
O PSDB era um partido social-democrata limitado ideológicamente; o lulismo e o bolsonarismo são a captura do Estado por populismos danosos, incompetentes e corruptos. Hoje, o PSDB se transformou em um partido de direita. Eu acho curiosas essas transformações da natureza dos partidos, mas escolhas ideológicas não constituem pecado. Ser de direita é tão legítimo quanto ser de esquerda, e esse critério de definição ideológica na atualidade é atė descabido em uma sociedade tão plural.
Cabe criticar os partidos políticos brasileiros, mas criticá-los não é condená-los pelo que eles têm de legítimos, suas ideias, fazendo contraponto às ideias que nós, que criticamos, defendemos, como se o que acreditamos fosse superior. E no caso das ideias que no Brasil são tomadas como de esquerda, os resultados têm inclusive mostrado o contrário. Os resultados têm mostrado que as políticas à direita são insuficientes, mas um pouco melhores que as políticas à esquerda. Foi exatamente enquanto manteve as políticas e os técnicos do PSDB que o PT conseguiu manter o país no caminho do avanço sustentável. Assim que mudou as políticas e implantou as suas, o PT deitou o país de barriga. Se queremos mudar prioridades e arbitrar políticas mais inclusivas temos que fazer isso com mais competência
e apresentar resultados sustentáveis, que não vendam ilusões e depois esvaziem as conquistas, afundando novamente os desafortunados na lama.
O PSOL é, até aqui, uma promessa de propostas diferentes das do PSDB, mas também diferentes das propostas do PT. Inclusive na visão e defesa da democracia. O PSOL não possui os quadros técnicos que o PSDB possui, mas possui filiados que são ativistas exemplo em suas áreas de atuação. E, em geral, fazem política sem instrumentalizar os movimentos sociais, sem partidarizar as lutas da sociedade.
Precisamos de políticas de maior compromisso e prioridade com os mais vulneráveis e que precisam mais do Estado. Maior radicalidade nesse compromisso é mais esperado de forças à esquerda, e em partidos éticos e mais comprometidos com democracia, como o PSOL e o Cidadania23. Discutir essas polįticas é importante; ataques gratuitos por luta política, não!
Para essas prioridades sociais avançarem, precisamos de criticar e discutir políticas e partidos no campo das ideias. Não precisamos transformar política em guerra, em luta retórica, em narrativas convenientes e muito menos em narrativas mentirosas. Discussão política nåo pode ser ataque por divergência ideológica. Malfeitos e desvios morais de agentes públicos exigem rigor e denúncia, mas os casos de malfeitos e desvios morais não são de discussão de ideias, são de condenação vigorosa mesmo! E nåo pode haver filtro para essas condenações.
Kleiton
23/11/2021 - 14h36
Conheci um casal que era do mst e agora vota para Bolsonaro cansados de serem explorados como massa de manobra para votos por animais como Boulos, Stedile e afins…