O deputado federal deputado Delegado Waldir (PSL-GO) revelou com riqueza de detalhes como funciona o esquema de compra de votos no Congresso Nacional. Os recursos são pagos por meio de emendas do chamado “orçamento secreto“ comandado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Em entrevista ao jornalista Guilherme Mazieiro do The Intercept Brasil, o parlamentar disse que o Governo Bolsonaro pagou R$ 10 milhões em emendas por deputado para a vitória de Lira e mais R$ 20 milhões por voto para aprovar a Reforma da Previdência.
“Não é algo que acontece todo dia. Aconteceu na reforma da Previdência, na eleição do Lira [para a presidência da Câmara] e em mais uma que não me lembro”, disse ele, ressaltando que foram “R$ 10 milhões [em emendas do orçamento secreto por deputado]. E na [reforma da] Previdência, R$ 20 milhões por parlamentar”, disse os deputado.
Apesar da declaração bombástica, o delegado diz que não chegou a receber os recursos porque foi banido das tratativas após o áudio vazado de uma reunião do seu partido onde ele diz que vai “implodir o presidente”.
“Desde que vazou aquele áudio [em uma reunião da bancada do PSL, em outubro de 2019, Waldir disse iria implodir o presidente e o chamou de vagabundo] pelo Daniel Silveira [deputado federal do PSL, preso no inquérito dos atos antidemocráticos], eu fui excluído”.