Depois de passar os últimos dias atacando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e mentir sobre a intervenção do seu governo, Jair Bolsonaro quis alterar termos considerados “inadequados” para o seu revisionismo deturpado sobre a história brasileira.
De acordo com reportagem da Folha publicada nesta sexta, 19, o inquilino do Planalto ordenou que o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, trocasse o termo “golpe” por “revolução” no que diz respeito a quebra do regime democrático em 1964.
Servidores da pasta alegam que a ordem de Bolsonaro foi dada ainda no primeiro semestre deste ano. O pastor submisso repassou imediatamente o pedido do chefe para as equipes do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsáveis pela aplicação das provas.
Durante sua fracassada agenda no Oriente Médio, Bolsonaro já teria dado sinais de que interferiu no Enem e que agora o exame começou “a ter a cara do governo”.
“O que eu considero muito também: começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem. Ninguém precisa ficar preocupado. Aquelas questões absurdas do passado, que caíam tema de redação que não tinha nada a ver com nada. Realmente, algo voltado para o aprendizado”.