Nesta quinta-feira, 17, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore disse em audiência pública na Câmara dos Deputados que houve “desperdício de recursos” na distribuição do Auxílio Emergencial.
O benefício de R$600 começou a ser pago em abril de 2020 com a articulação da oposição e aprovação no Congresso Nacional. “Não preciso ir muito longe para dizer que houve um enorme desperdício na utilização dos recursos”, falou Pastore.
“Em um país que é avaliado por um economista que é o criador do Bolsa Família, chamado Ricardo Paes de Barros, que estima a pobreza absoluta no país, olhando por cima, em algo como 25 milhões de habitantes, foi dado os R$ 600 para 66 milhões de pessoas. Quer dizer, tinha gente que não tinha que receber”, completou seu raciocínio.
Recentemente convidado por Sérgio Moro a colaborar com a pré-campanha do ex-juiz, o economista que serviu a ditadura militar comparou o gasto em relação ao PIB de outros países desenvolvidos na Pandemia e alegou ser este um exemplo de “gasto mal feito, de um erro de dimensionamento para aquilo que o governo podia gastar”.
Só no ano de 2020, o auxílio emergencial beneficiou mais de 68 milhões de brasileiros. Com a mudança das regras neste ano que só garantiu o recurso para uma pessoa por família, o número de beneficiários caiu para a metade.
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