Sugiro aos leitores que assistam a esse vídeo do Genial Investimento, com análises de Felipe Nunes, CEO da Quaest, Jairo Nicolau, cientista político da FGV, e José Marcio Camargo, economista-chefe do Genial, sobre a última pesquisa eleitoral da Quaest, divulgada há poucos dias (íntegra aqui).
Vou resumir os principais pontos:
Felipe Nunes
– Desidratação de Bolsonaro junto a seus próprios eleitores de 2018.
– Votação espontânea é o “principal indicador para explicar desempenho eleitoral a tanto tempo da eleição”.
– Crescimento de Lula, de 22% para 29% na espontânea.
– Entrada de Moro gera mais problemas para Bolsonaro.
– O ex-juiz rouba votos de Bolsonaro, que tinha até 30% em meses anteriores, e hoje tem 21%.
– Ciro “diminui bastante”, tinha 11% e 12% e caiu para 6%/7% (em função também do ingresso de Moro).
– “Lula é que se beneficia” com o aumento da preocupação com a economia e questões sociais.
Jairo Nicolau
– O tamanho de Lula hoje não tem comparação com nenhum outro candidato, na história recente das eleições presidenciais. Nem FHC, que se reelegeu em 1994 ou 1998.
– Moro é “mais uma notícia ruim para Bolsonaro”.
– Bolsonaro terá que combater em duas frentes: à esquerda, com Lula, e à direita, com Moro.
– Moro “desbancou o Ciro como terceiro nome”.
– A queda do Bolsonaro pode ser atribuída à chegada do ex-juiz.
– Entrada de Moro dificulta o trabalho de Bolsonaro de recuperar o eleitor escolarizado e de renda média, que ele perdeu ao longo desses três anos de governo.
José Marcio Camargo
– Ponderou que a rejeição a Lula pode aumentar quando o jogo eleitoral lhe obrigar a aparecer mais.
– Disse que a economia pode se recuperar a partir do ano que vem, beneficiando Bolsonaro.
– Ficaria surpreso se Moro crescesse muito além do que já tem hoje. Não parece acreditar muito no potencial eleitoral do ex-juiz.
Eu separei as partes destacadas acima num fio de Twitter:
Abaixo, a íntegra do vídeo: