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Exclusivo! Em mensagens, Dallagnol combinou com procuradores como pressionar juízes

(Numa parceria com o portal DCM, tivemos acesso a trechos do banco de dados da operação Spoofing, que investigou o vazamento de mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato, além do ex-juiz Sergio Moro. Esse post traz algumas mensagens. Virão outros textos nos próximos dias, a serem publicados no DCM e no Cafezinho.) Deltan Dallagnol, […]

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Deltan Dallagnol — Foto: Reprodução/TV Globo

(Numa parceria com o portal DCM, tivemos acesso a trechos do banco de dados da operação Spoofing, que investigou o vazamento de mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato, além do ex-juiz Sergio Moro. Esse post traz algumas mensagens. Virão outros textos nos próximos dias, a serem publicados no DCM e no Cafezinho.)

Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, anunciou que está abandonando o Ministério Público e se lançando na vida político-partidária, provavelmente pelo Podemos, mesma legenda a qual o ex-juiz Sergio Moro está se filiando, igualmente visando uma carreira política.

Os diálogos entre Dallagnol e seus colegas procuradores, publicados na Vaza Jato, em seguida obtidos pela operação Spoofing, serão o primeiro obstáculo político em seu caminho.

Eles não oferecem uma história bonita.

Ao contrário, contam uma história tenebrosa de manipulação de delações, intimidação de magistrados, uso de informações privilegiadas para obtenção de vantagens pecuniárias, tortura psicológica de réus, perseguição a partidos, entre outras coisas.

Em reportagens anteriores publicadas no DCM, apresentamos diálogos que mostram Deltan Dallagnol atuando explicitamente para manipular a delação de Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras.

Num dos casos, Dallagnol operou para que a delação de Barusco fosse “reescrita” pela própria Lava Jato, para incluir o PT. Em outro, a delação forjada de Barusco foi usada para fraudar outras duas e “colocar Lula em cena”.

Você pode ler mais reportagens desta série aqui: 123, 45 e 6.

Hoje trazemos mais histórias de Dallagnol e seus parceiros da Lava Jato.

Em 22 de março de 2017, Deltan Dallagnol e colegas trocavam mensagens nervosas entre si, usando o aplicativo Telegram.

Segundo diálogo obtido com exclusividade pelos portais Diário do Centro do Mundo/ Cafezinho, os procuradores Laura Tessler, Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos, sugeriam a necessidade de “uma reunião o quanto antes com juízes e promotores responsáveis pela execução da pena, para que não defiram progressão de regime sem reparação de dano”.

Eles queriam evitar que a justiça concedesse progressão de pena a réus presos provisoriamente, em particular a Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da área internacional da Petrobras.

(Laura Tessler e Dallagnol, da Lava Jato, combinam reunião com juízes e promotores)

Zelada havia sido preso em 7 de julho de 2015, na 15ª fase da Operação Lava Jato, chamada Conexão Mônaco, e os procuradores tinham enorme expectativa de que a tática usada contra Paulo Roberto Costa, também ex-diretor da estatal, pudesse funcionar com Zelada, forçando-o a fazer uma delação ajustada à narrativa que eles tinham em mente.

Costa fora preso no início da Lava Jato, em março de 2014. Depois de meses tentando resistir, cedeu às pressões da Lava Jato. Em setembro do mesmo ano, Costa se torna o primeiro colaborador importante da operação.

Pouco tempo depois, em outubro de 2015, vem o “prêmio”: seu regime passa para o semi-aberto.

Estamos no início de 2017, e o alvo da Lava Jato agora era Zelada. A defesa do ex-diretor da Petrobras alegava que o seu caso ainda transitava em julgado, e que ele tinha o direito de responder ao processo em liberdade.

Na mensagem, a procuradora Laura Tessler lembra o “problema” com o ex-deputado André Vargas, o primeiro político preso pela Lava Jato, que por pouco conseguira progressão de regime, mas que “o Diogo conseguiu reverter”.

De fato, Vargas permaneceria preso por mais 46 meses, e, apesar das especulações, preferiu não se converter em delator.

A pressão dos procuradores sobre os juízes, que vimos nos diálogos acima, deu resultado e Zelada não conseguiu conquistar nenhum benefício a que tinha direito, por ser réu primário e não possuir condenação em segunda instância, e continuou preso por muito tempo.

Único diretor da Petrobras a resistir à delação, Zelada permaneceria em regime fechado até junho de 2019, quando a justiça finalmente validaria o indulto natalino concedido pelo então presidente Michel Temer ao final de 2017, extinguindo sua pena de 12 anos e 2 meses por corrupção e lavagem de dinheiro.

Perguntamos ao jurista Rogério Dultra, professor na UFF e autor do livro Teoria Constitucional, Ditadura e Fascismo no Brasil, se é “normal” que procuradores se reúnam com juízes para fazer lobby contra réus.

Segundo ele, o que aconteceu na Lava Jato não pode ser, definitivamente, considerado normal, e todas essas mensagens devem ser investigadas e analisadas à luz do contexto geral, pois o conjunto delas nos permite hoje identificar a existência de uma série de gravíssimos crimes contra a ordem jurídica nacional e contra o próprio regime democrático.

Dallagnol

Entretanto, voltemos a Deltan Dallagnol e ao início de 2017, data dos diálogos que estamos revelando nesta reportagem.

O coordenador da Lava Jato vivia um agitado começo de ano. Nos dias 20 a 22 de fevereiro de 2017, Deltan, acompanhado dos procuradores Carlos Fernando Lima e Orlando Martello Jr, viajara a Washington para uma misteriosa reunião no Departamento de Justiça.

A viagem está nos arquivos de prestação de contas do Ministério Público Federal, mas nunca foi devidamente publicizada pela imprensa.

Desde pelo menos 2015, membros da Lava Jato vinham fazendo viagens aos EUA, para se encontrar com autoridades do Departamento de Justiça, ou as recebiam no Brasil, frequentemente sem conhecimento do Ministério da Justiça do governo brasileiro, contrariando a lei.

Não se sabe o que Dallagnol e colegas foram fazer no Departamento de Justiça em fevereiro de 2017, mas nas semanas seguintes, a excitação de alguns deles os faria perder a moderação em suas conversas privadas.

No dia 20 de abril de 2017, em conversa com sua colega Laura Tessler, o procurador federal Antônio Carlos Welter, membro da Lava Jato de Curitiba, dispara uma série de mensagens que formam uma espécie de desabafo macabro. Essas mensagens não são inéditas, mas vale a pena lembrar delas:

“O Lula precisa ser desmascarado antes de ser preso”.

“Ele tem de deixar de ser a esperança de alguns”.
“Vai ter que ter a moral consumida aos poucos”.

“Vai ter que sair a ação do sítio e depois da ‘conta amigo` “.

“E depois outra”.

Tessler responde com euforia, mencionando uma “história das contas que tinham no exterior com Vaccari”.

Essa “história” da conta no exterior usada por Vaccari, ex-tesoureiro do PT, está numa das delações de Joesley Batista, um dos sócios da JBS, mas nunca foi provada.

(“O Lula precisa ser desmascarado antes de poder ser preso”)

Uma semana depois, em 27 de abril de 2017, Antônio Carlos Welter e Laura Tessler voltariam a entabular uma conversa que resume magnificamente o que veio a ser conhecido, no vocabulário político, como “lavajatismo”.

As primeiras frases vieram a público em março. As últimas, porém, são inéditas e exclusivas dessa reportagem.

Welter inicia o diálogo linkando um post do site Antagonista, que traz um desses vazamentos bizarros, com uma delação de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, que ainda iria acontecer.

A delação envolveria Lula. Como se viu tantas vezes na Lava Jato, porém, a suposta delação sequer se materializou.

Ele comenta o conteúdo da matéria observando que Duque não tinha “prova alguma do que dizia”.

Tessler rebate com duas frases antológicas:

“Sim… não tem corroboração nenhuma. Mas vai ser divertido detonar um pouquinho mais a imagem do 9”.
O 9, no caso, é Lula, assim chamado porque perdeu um de seus dedos num acidente de trabalho.

O trecho seguinte é inédito, e apresentamos aqui.

Tessler continua: “O interessante também é que Barusco falou que a justificativa que deram pra ele de ser 2/3 pro PT foi porque mais gente ia receber”.

Ela acrescenta: “mais gente do partido”.

Uns quinze minutos depois, Welter responde: “vai ser engraçado mesmo. A imprensa vai enlouquecer. Só que ele não traz nada que ajude. Ou está escondendo muito o leite”.

De maneira incrivelmente irresponsável, o procurador se diverte com a ideia de que a imprensa venha a “enlouquecer”, ou seja, a dar enorme destaque a uma delação sem provas (“não traz nada que ajude”) contra quadros importantes do PT.

Triste constatar que enquanto reputações políticas eram destruídas, empresas devastadas, e milhões de empregos se evaporavam, o procurador da Lava Jato achava tudo “engraçado”.

(“Vai ser divertido detonar um pouquinho mais a imagem do 9”, diz procuradora da Lava Jato)

Finalizo o artigo com trecho de um parecer do jurista Rogério Dultra, escrito exclusivamente para essa reportagem, em que ele avalia a gravidade dos diálogos vazados:

“O Ministério Público Federal tem o dever de investigar profundamente os fatos ocorridos nesta operação. Esses diálogos entre procuradores explicitam não somente uma investigação sem provas, mas uma perseguição de natureza política. Hoje se sabe que, por trás desta famigerada operação, pulsavam interesses inconfessáveis, como a busca de vantagens pessoais (em forma de diárias acumuladas para dezenas de procuradores, agentes da PF, etc), financeiras (como no caso da tentativa da criação de um fundo com valores desviados da Petrobrás para um instituto gerido pelos próprios procuradores) e políticas (como a construção de carreiras eletivas, o que se comprova com as anunciadas candidaturas do Ex-Juiz do caso, Sérgio Moro, e do Procurador Deltan Dallagnol).

Considero que tanto a Justiça Federal quanto o Ministério Público Federal devem rever os pedidos de exoneração desses indivíduos, pois ambos devem ser devidamente investigados pelos seus órgãos de origem por conta dos notórios malfeitos realizados.

O que fica patente com esses diálogos é não somente a existência de um esquema político de natureza criminosa dentro do MPF, mas igualmente uma mancha lamentável na imagem da Justiça brasileira.”

Outro lado

Entramos em contato com o Ministério Público Federal, seção Curitiba, com algumas questões, mas não obtivemos resposta até a conclusão dessa reportagem. As perguntas enviadas foram as seguintes:

1 – Estou escrevendo uma reportagem com dados aos quais tive acesso da operação Spoofing, onde aparecem diálogos dos procuradores Deltan Dallagnol, Laura Tessler e Diogo Castor de Mattos. As mensagens são do início de 2017 e falam em possível pressão sobre juízes para que não dêem benefícios a acusados da Lava Jato. Os procuradores gostariam de responder alguma coisa?

2 – No sistema de prestação de contas do MPF, consta uma viagem dos procuradores Deltan Dallagnol, Carlos Fernando Lima e Orlando Martello Jr para Washington, nos dias 20 a 22 de fevereiro de 2017, para reuniões no Departamento de Justiça do governo americano. Qual o teor e o escopo dessas reuniões?

O espaço segue aberto para a instituição e procuradores citados na reportagem.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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EdsonLuiz.

09/11/2021 - 03h02

Caramba!

Sérgio Furtado Cabreira,

Eu, Edson Luiz é quem sou roubado por um conluio do PT, Centrão e empresários corruptos! Junto comigo são roubados mais de duzentos milhões de pessoas,

O roubo é em bilhões!

E de gorgeta essa gente ainda deixa um país com a maior recessão de sua história econômica e as consequências de dinâmica recessiva, de altíssimo desemprego, altas taxas de juros, inflação, déficits gêmeos e toda carga de desequilíbrios…

Como pior gorgeta, ainda maior que a gigantesca roubalheira e incompetência, nos deixa de herança o bolsonaro e seus bolsonaristas, que em muitos aspectos é inclusive igual ao petismo e ao Centrão…

E eu é que sou ignorante ou sórdido?

Vai catar coquinho, Sérgio Furtado Cabreira!

eu

08/11/2021 - 08h35

EXCLUSIVO!EU PEÇO AOS RESPONSÁVEIS DO BLOG FAZER MAIS MATÉRIAS AOS FINS DE SEMANA E NÃO DEIXAR O SITE TÃO PARADO ASSIM E PEGAR MENOS PRAIAAA !

Patrice L

08/11/2021 - 03h05

As únicas candidaturas aceitáveis pra essa quadrilha da Lava Jato são aquelas à Papuda vestindo uniformes listrados com o número 171. Impressiona que já tenham sido apontados no STF os crimes deles e, ao invés de serem presos, eles estejam agindo com essa desenvoltura toda visando desviar e se acobertar com imunidades. Um verdadeiro escândalo. Manipularam e forjaram delações, tentaram usufruir política e financeiramente de suas ações ilícitas. Corromperam o sistema de justiça e o estado democrático de direito, o lugar deles é na cadeia.

Odair

07/11/2021 - 23h06

Spoofing?? Mensagens roubadas de forma ilegal?? Quanto disso será q é verdade. Aposto q nao muito.

EdsonLuiz.

07/11/2021 - 21h00

Sérgio Cabral é inocente!
Pedro Barusco é inocente!
Lula e seu governo sofreram perseguição!
Eduardo Cunha ė inocente!
E assim por diante.
Todos inocentes!
Todos!

Sérgio Moro é bandido e precisa ser preso!
Deltan Dellagnol é bandido e precisa ser preso!
Os procuradores Lava-Jato são bandidos e precisam ser presos!
Todos bandidos!
Todos!

A montanha de dinheiro devolvida pelos inocentes foi porque eles foram torturados! Se não devolvessem a montanha de milhões que devolveram os bandidos lhes arrancariam até as unhas!

Os R$6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais) de corrupção devolvidos para a Petrobrás não foram roubados pelos coitados inocentes torturados; os R$6.000.000.000,00 de corrupçåo devolvidos à Petrobrás foram roubados por Sérgio Moro, pelo Dellagnol e pelos procuradores bandidos. Os bandidos Sérgio Moro e Dellagnol combinaram com os inocentes: eles é que roubaram esse dinheirinho e entregariam o dinheirinho para cada coitado inocente, que não teriam esse dinheirinho para devolver ao país se os bandidos ladrões Sérgio Moro e Dallagnol não tivessem roubado e repassado para eles, que então, com o dinheiro na mão, entregaram o dinheirinho e acusaram os inocentes Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, ……….., …………….., …….. . (Os nomes que os delatores inocentes torturados entregaram são muitos, de muitos partidos e empresas honestas. Cada um que lembrar do nome de um inocente torturado e perseguido pode completar a lista).

E podem julgar cada inocente perseguido pela provas, inclusive Lula!
Eles aceitarão serem julgados pelas provas!
Ou não?

Coitado deles!…..
Ou coitados de nós!

    EdsonLuiz.

    07/11/2021 - 23h19

    100% santinho, ninguém é!
    100% diabinho, ninguém é!

    Mas se o PT e seus petistas 171 insistem em questionar se “praticar crime no Brasil agora é crime?”, e separam os que eles escolhem para serem anjinhos e os que eles escolhem para serem os diabinhos, vamos escolher nós também.

    Marque com um x:

    Em qual grupo, se você estiver sendo obrigado a escolher, você considera que estão os bandidos que prejudicam o Brasil?

    (…) Sėrgio Cabral, Eduardo Cunha, Pedro Barusco, Lula, Palocci.
    (…) Procurador Dellagnol, Min. Luiz Barroso, Sėrgio Moro.

    Em qual grupo você identifica agentes públicos que, enojados com o volume de crimes praticados pelos detentores do poder, acabaram incorrendo em excessos no combate æ corrupção?

    (…) Sérgio Moro, Dellagnol, Lava-Jato.
    (…) Antônio Palocci, Lula, Eduardo Cunha.

    Se você acha que todos devem ser punidos por incorrer em erros, marque com ‘A’ o grupo que você acha que os erros devem ser punidos com advertência ou demissão e marque com ‘P’ o grupo que você acha que deve ser punido com prisão?

    (…) Agentes públicos que combatem crimes, mas exageram no combate.
    (…) Políticos e empresários corruptos.

    Entre o grupo de agentes públicos que exageram no combate à corrupção e o grupo de empresärios e políticos em conluio que se corrompem e roubam o dinheiro do país que devia servir à saúde, à educação, à segurança e ao combate à corrupção, qual ou quais você acha que deve(m) ser punidos?

    (…) Grupo de agentes públicos que exageram no combate à corrupção.
    (…) Grupo de polįticos e empresários corruptos.
    (…) Os dois grupos, proporcionalmente à gravidade dos erros.

    Sergio Furtado Cabreira

    08/11/2021 - 07h06

    Edson… Coitado de você, rapaz!
    Quando é preciso fechar os olhos para que a realidade sonhada resista aos fatos, bem, então alguém é muito torpe ou muito canalha!
    Boa sorte pelos Vales da Ignorância e da Sordidez!

Alexandre Neres

07/11/2021 - 13h57

Meus parabéns, Miguel, por empreender uma investigação jornalística de tal porte e sobretudo cidadã! Merece elogios ter trazido a fundamentação jurídica do professor Rogério Dultra.

Daqui a pouco devem aparecer os beócios, obtusos, ignaros, com suas opiniões destituídas de fundamentação, se atravendo a dar pitaco em assunto que não tem o menor conhecimento. Não conhecem o mais comezinho, como o princípio da segregação das funções. Polícia investiga, procurador acusa e juiz julga, não as relações espúrias que permearam a Lava Jato. A matéria ajuda a lançar mais luz sobre a questão, conquanto já haja farta documentação mostrando o que ocorria nos bastidores da força-tarefa.

Os caras acreditaram de forma acrítica naquela novelinha passada toda noite por anos na Globo, cujos personagens não resistem a um exame mais minucioso, no qual os super-heróis são bonzinhos e do bem e os vilões são malvados e corruptos. Simples assim. Depois as provas da pouca vergonha vieram à baila, mas eles não dão conta de elaborar o que aconteceu, de assumir que serviram de massa de manobra, que caíram como patinhos da FIESP em trama maniqueista e frágil, enfim acreditaram no conto do vigário.

Um desses doidivanas, jejuno em direito, quer porque quer que Lula seja julgado com base em provas produzidas por um juiz reconhecida e consagradamente parcial, que tinha obsessão com o réu e forjou a competência para mantê-lo sob seu tacão para impedi-lo de concorrer às eleições de 2018 em que figurava como favorito. Vê se tem cabimento tamanho disparate? Para que alguém quer mostrar de forma tão cabal a sua falta de noção em um assunto, afrontando o devido processo legal e o estado democrático de direito? Em suma, o caso não é só de ingenuidade, mas também de leviandade e de mau-caratismo, pois os fatos estão aí expostos para quem quiser ver. Santa e conveniente ignorância!

Ronei

07/11/2021 - 12h38

Perguntem aos brasilerios se preferem o trabalho de Dallagnol, Moro e Cia ou do trabalho do PT e comparsas e do STF que reabilitou esses pilantras.

A Lavajato passarà pra historia e a merda imunda que limapram também…o resto sao bla bla bla e esperneio de quem foi chutado do poder.


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