O líder do PDT na Câmara, deputado Wolney Queiroz (PE), detalhou para a sua bancada as tratativas que levaram o PDT a votar pela aprovação da PEC dos Precatórios.
Um dos parlamentares mais atuantes da Casa, o pernambucano também reagiu ao ultimato de Ciro Gomes que “suspendeu” sua candidatura ao Palácio do Planalto se o PDT não mudar de posição no segundo turno da votação da PEC, marcada para acontecer na próxima terça, 9.
Primeiramente, Wolney disse no texto enviado aos seus colegas de partido que apesar do posicionamento da orientação do PDT ser pública, Ciro Gomes não fez contato para falar sobre a decisão.
“Importante ressaltar uma coisa: a votação dessa PEC 23 (Precatórios) era assunto predominante nos noticiários em todas as TVs, portais, blogs e jornais do Brasil. A imprensa especializada já anunciava que PDT e PSB poderiam votar a favor da PEC. Apesar disso, não recebi do presidente Ciro um telefonema, um e-mail, uma mensagem, um recado. Nada. Rigorosamente nenhuma orientação”.
Wolney também falou sobre o papel decisivo do deputado André Figueiredo (PDT-CE), um das lideranças mais próximos de Ciro. Nas palavras do deputado, André liderou as tratativas com a Frente Norte Nordeste em Defesa da Educação “que pertencem ao PCdoB”. O movimento entrou nas tratativas graças ao deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), muito ligado ao setor da educação.
Na reta final das negociações, André almoçou com o presidente do PDT, Carlos Lupi, “cientificando-se da tendência que se avizinhava”. Mas antes disso, Wolney diz que a categoria deu sinal verde para negociar o pagamento de precatórios com garantia de percentuais de 40%, 30% e 30% entre 2022 e 2024.
Outro detalhe citado pelo líder do PDT foi que a negociação dos precatórios foi levada para o senador Cid Gomes (PDT-CE) e também ao governador do Ceará Camilo Santana, do PT. Segundo Wolney, os termos da negociação tiveram a concordância de Cid e do governador petista.
“Não tenho detalhes dos termos da conversa mas voltaram com a concordância do senador Cid (PDT) e do governador Camilo (PT), que lá estavam”.
Em vídeos que foram divulgados nas redes sociais na noite de ontem, o deputado André Figueiredo também explicou o seu voto favorável a proposta.
O parlamentar disse que houve acordo com a categoria dos professores da Bahia, Ceará e Pernambuco sobre o pagamento dos precatórios destinados ao Fundef, o parcelamento em 240 vezes da dívida previdenciária dos municípios e o ‘sinal verde’ dos governadores Camilo Santana (PT-CE), Paulo Câmara (PSB-PE) e Rui Costa (PT-BA) com esse substitutivo.
Com informações do O Globo.