Enquanto os principais chefes de estado do mundo como Angela Merkel (Alemanha), Emmanuel Macron (França), Antônio Guterres (ONU), Ursula van der Leyen (UE) , Scott Morrison (Austrália), Justin Trudeau (Canadá), Narendra Modi (Índia) e Boris Johnson (Reino Unido) estavam focados em debater as questões econômicas e o combate a Pandemia, o presidente Jair Bolsonaro só tentou fazer amizade com os garçons. Logicamente, não teve sucesso.
De acordo com o jornalista Jamil Chade, do UOL, “cada um deles, ao entrar no local e antes da cúpula oficial começar, encontrava rapidamente um velho amigo, um aliado ou um parceiro comercial. Quando o brasileiro [Jair Bolsonaro] chegou, não teve opção: cruzou o salão e foi diretamente para uma mesa onde garçons serviam um café. Nesse trajeto, não foi cumprimentado por ninguém, não parou para apertos de mão”.
Ainda segundo o colunista que cobriu o evento, nem os garçons quiseram fazer amizade com o mandatário brasileiro e assim ele “permaneceu por longos minutos sozinho, apenas apontando o dedo para aqueles que ele achava reconhecer”. “Seus assessores foram atrás de amigos. E encontraram um deles: Tayyip Erdogan, presidente da Turquia”, continuou Chade.
“A conversa, repleta de mentiras por parte do brasileiro, durou apenas alguns poucos minutos, sem gerar um só sorriso por parte do líder turco. Bolsonaro não perguntou como estava a Turquia, não falou das relações bilaterais e nem fez propostas para salvar o mundo. “Poucos instantes depois, outro líder que estava na roda e que foi ignorado pelo brasileiro decidiu virar as costas e falar com outro grupo. Era Olaf Scholz, o provável novo chanceler da Alemanha”, relatou.
“Desconfortável, sem interlocutores e simplesmente deslocado, o presidente era o retrato de um líder que, depois de quase três anos no poder, não consegue construir uma inserção positiva para o país no mundo”, completa.