Depois que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) propôs congelar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos estados na tentativa de baixar o preço dos combustíveis os dirigentes dos caminhoneiros afirmam que isso “não vai resolver o problema” da disparada no preço dos combustíveis.
O Confaz aprovou o congelamento do tributo cobrado no valor dos combustíveis pelo prazo de 90 dias, anunciou o Ministério da Economia 72 horas antes da greve dos caminhoneiros.
Mas os representantes da categoria são unânimes ao dizer que o grande problema é a Política de Preços Internacionais adotado pela Petrobras que faz o valor dos combustíveis se tornar sensível ao dólar e a volatilidade do mercado. Vale lembrar que o combustível usado pelos caminhoneiros é majoritariamente consumido no Brasil.
“É uma medida paliativa [congelar o ICMS], não vai resolver o problema. Os estados também foram beneficiados – e muito – com esses aumentos dos combustíveis. Está na hora de rever a tributação. Mas se a Petrobras não mudar, não irá surtir efeito”, disse o caminhoneiro Edvan Ferreira.
“Congela-se o ICMS, e o PPI (Preço de Paridade de Importação) continua. Significa perda de arrecadação para os estados e lucros para os acionistas”, conclui o profissional.
Com informações do Brasil 247