Nesta quarta-feira, 26, a cúpula da CPI da Pandemia deve entregar o relatório final, aprovado ontem com 80 nomes indiciados incluindo o presidente Jair Bolsonaro, ao Procurador-Geral da República Augusto Aras.
O documento será entregue pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) nas mãos do PGR e deve contar com a presença de outros membros da comissão como o presidente Omar Aziz (PSD-AM) e o vice Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O órgão já elaborou um levantamento a respeito dos procedimentos a serem adotados e um mapeamento dos setores do Ministério Público para enviar as partes do relatório.
Na votação de ontem, foram 7 votos favoráveis ao texto, já os quatro senadores governistas votaram contra o relatório.
“Esse relator está sobejamente convencido que há um homicida homiziado no Palácio do Planalto. Sua trajetória é marcada pela pulsão da morte, pelo desejo de exterminar adversários, de armar a população e cultuar carniceiros assassinos como Brilhante Ustra, Augusto Pinochet, Alfredo Strossner, Adolf Hitler e outros infames que completam a galeria tenebrosa de facínoras da humanidade. Bolsonaro está ao lado deles”, discursou Renan.
No relatório aprovado pelo G7, foram atribuídos crimes ao Governo Federal e a responsabilização de 79 agentes, tendo como peça principal da tragédia brasileira o presidente da República Jair Bolsonaro.
No caso do inquilino do Planalto, o relatório propõe o indiciamento por nove crimes praticados durante a crise sanitária. Trata-se de prevaricação, charlatanismo, crimes contra a humanidade tipificado como extermínio, perseguição e atos desumanos previstos no Tratado de Roma, crime de responsabilidade por violentar direito social, crime de epidemia com a consequência de morte, infração de medida sanitária, incitação ao crime, fraudar documento particular e uso irregular de verbas públicas.