MST recebe prêmio de Justiça Social da ONU pela atuação na defesa da classe trabalhadora no Brasil

Foto: Juliana Adriano


A cerimônia de premiação será nesta sexta-feira (22) de forma virtual

O MST foi um dos cinco escolhidos entre centenas de organizações e indivíduos do Sul Global, que lutam por justiça social, para o prêmio Esther Busser Memorial Prize. A premiação será realizada virtualmente, no dia 22 de outubro, às 8h.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), idealizadora do prêmio, é uma agência multilateral da Organização das Nações Unidas (ONU) sediada em Genebra e tem com foco trabalhar na regulação do trabalho, especialmente no cumprimento das normas (convenções e recomendações) internacionais.

O nome da prêmio é uma homenagem à Esther Busser, defensora incansável dos direitos dos trabalhadores, com destaque para a sua atuação como pesquisadora e diretora adjunta da Confederação Sindical Internacional (ITUC) por uma década.

Reconhecimento

O MST é reconhecido por ser um organização política que tem atuado na garantia de condições dignas de vida e de trabalho para o povo brasileiro, através da história de centenas de milhares de trabalhadores rurais, que dedicam as vidas na luta pela Reforma Agrária e pela democracia no país.

Fundado em 1984, o Movimento, no contexto da redemocratização do Brasil, tornou-se um símbolo nacional da luta pelo acesso à terra e atualmente possui cerca de 350 mil famílias assentadas em 24 estados federativos. Entre suas maiores contribuições à sociedade estão a produção de alimentos saudáveis em defesa da soberania alimentar, a preservação do meio ambiente e a luta intransigente dos direitos humanos e da universalização do acesso à educação e à saúde públicas de qualidade.

Apenas nesta pandemia, o MST, como símbolo de solidariedade com à classe trabalhadora, já doou mais de 5 mil toneladas de alimentos e cerca de 1 milhão de marmitas. A partir do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis” já plantou mais de 1 milhão de árvores em todo país e, no último mês, construiu mais de 100 viveiros da Reforma Agrária Popular, com o objetivo de impulsionar a produção de mudas e plantio de arvores.

Cláudia Beatriz:
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