Durante a apresentação do relatório da CPI da Pandemia, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o trabalho coletivo da comissão teve como um dos objetivos silenciar um “coro demoníaco, que vinha de uma catedral da morte”, referindo-se logicamente ao Governo Federal sob o comando de Jair Bolsonaro.
“Esse trabalho coletivo silenciou um coro demoníaco, vindo de uma catedral da morte, sediada pelo governo federal, geraram uma necrópole aterradora marcada pelo desprezo a vida, escárnio com a dor de mais de 600 mil famílias”, disse.
O emedebista também disse que as instituições devem reconhecer o “contexto e as recomendações” que estão sendo apontadas no relatório final e que “a história não perdoa os omissos e responsabilizará os covardes”.
Após a leitura e a votação que deve acontecer na próxima terça, 26, Calheiros deve entregar o relatório nas mãos do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, figura que costuma engavetar denúncias que envolvem Bolsonaro e o seu clã.
Ainda durante a apresentação, Renan também ressaltou que a comissão praticamente obrigou o Governo Bolsonaro a comprar vacinas contra o coronavírus. “A comissão obrigou o governo a abandonar a inação e o negacionismo para correr atrás de vacinas que, lá atrás, boicotou. São vidas preservadas, ainda que tenhamos uma das maiores letalidades do mundo pela incúria do governo”, declarou.
“Esse é o nosso maior legado. Vidas. A queda de infecções, mortes e hospitalização é consequência direta da imunização. Esse é o nosso maior legado: vidas. A queda de infecções, mortes e hospitalizações é consequência direta da imunização”, completou.