O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota nesta quarta-feira, 13, onde alega ter “sofrido agressões de toda ordem”.
Os motivos das possíveis ameaças é a sabatina do ex-advogado Geral da União, André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para assumir a vaga de Marco Aurélio Mello no STF. A indicação foi feita há cerca de 92 dias e não há previsão para a análise do ex-AGU na Casa Alta.
“Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa”, afirmou o senador.
Sem citar Jair Bolsonaro, Alcolumbre reiterou que não vai aceitar “ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”.
Ainda na nota, o presidente da CCJ disse que tem compromisso com a Constituição e que a prioridade deveria ser a retomada da economia e não a sabatina de Mendonça. Ele ressaltou que o colegiado tem quase 2 mil projetos pendentes de serem pautadas.
“Tramitam hoje pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal cerca de 1.748 matérias, todas de enorme relevância para a sociedade brasileira. A prioridade do Poder Legislativo, no momento, deve ser a retomada do crescimento, a geração de empregos e o encontro de soluções para a alta dos preços que corroem o rendimento dos brasileiros”.