Era o que faltava à crise brasileira.
Já temos desemprego recorde.
Já temos 600 mil mortos por Covid.
Já temos um presidente que fala mal da vacina (voltou a fazê-lo ontem) e promove tratamentos e substâncias sem comprovação científica.
Já temos um presidente que veta a distribuição de absorvente para meninas de famílias de baixa renda.
Já temos um ministro da Economia que decide cortar 92% dos investimentos em ciência.
Já temos um ministro que tem offshore para não pagar impostos no Brasil.
E agora, temos a maior inflação em quase 30 anos!
Segundo o IBGE, a inflação de setembro ficou em 1,16%, a maior para o mês desde 1994.
Em 12 meses, a inflação chegou a dois dígitos: 10,25%. Mas essa é uma média que esconde algo ainda mais dramático.
O preço do botijão de gás, um item essencial para a maioria das famílias de baixa renda, subiu 35% em 12 meses.
O preço da energia residencial, da qual ninguém escapa, subiu 29% em 12 meses.
A gasolina subiu 40%.
As próximas pesquisas, com muita probabilidade, assistirão a uma forte erosão da popularidade do Bolsonaro, especialmente junto as famílias mais pobres. Mas não apenas entre as mais pobres.
A inflação de 57% nas passagens aéreas e o preço já mencionado da gasolina afetam diretamente a classe média.
E a reação de Bolsonaro, de jogar a culpa nos outros, não está colando.
Ontem, em sua live de quinta-feira, ele tentou justificar a inflação comparando com o preço das coisas nos Estados Unidos, que tem um poder de compra infinitamente superior ao Brasil.
Desconher o conceito de paridade do poder de compra é bem típico de um completo analfabeto econômico e político como Bolsonaro.
A renda per capita dos americano é de US$ 63,543.58. A dos brasileiros é de US$ 6,796.84…
Inflação acelera para 1,16% em setembro, maior para o mês desde 1994
Editoria: Estatísticas Econômicas | Alerrandre Barros
08/10/2021 09h00 | Atualizado em 08/10/2021 09h00
Agência IBGE — A inflação teve alta de 1,16% em setembro, a maior para o mês desde 1994, quando o índice foi de 1,53%. Com isso, o indicador acumula altas de 6,90% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (9,68%). Em setembro do ano passado, a variação mensal foi de 0,64%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (8) pelo IBGE.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em setembro, com destaque para habitação (2,56%), que foi puxado pelo aumento de 6,47% na conta de energia elétrica. Em setembro, passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica”, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. No mês anterior, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, em que o acréscimo é menor, R$ 9,49. Além disso, houve reajustes tarifários em Belém, Vitória e São Luís.
“Essa bandeira foi acionada por conta da crise hídrica. A falta de chuvas tem prejudicado os reservatórios das usinas hidrelétricas, que são a principal fonte de energia elétrica no país. Com isso, foi necessário acionar as termelétricas, que têm um custo maior de geração de energia. Assim, a energia elétrica teve de longe o maior impacto individual no índice no mês, com 0,31 ponto percentual, acumulando alta de 28,82% em 12 meses”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Os preços do gás de botijão (3,91%) também continuaram subindo em setembro. “A gente tem observado uma sequência de aumentos do GLP (gás liquefeito de petróleo) nas refinarias pela Petrobras. Há ainda os reajustes aplicados pelas distribuidoras. Com isso, o preço para o consumidor final tem aumentado a cada mês. Já foram 16 altas consecutivas. Em 12 meses, o gás acumula aumentos de 34,67%”, detalha Kislanov.
O grupo dos transportes (1,82%) acelerou, mais uma vez, por conta dos combustíveis, que subiram 2,43%, influenciados, pela gasolina (2,32%) e o etanol (3,79%). Em 12 meses, a gasolina já aumentou 39,60% e o etanol, 64,77%. Também subiram no mês o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%).
As passagens aéreas (28,19%) tiveram a maior alta entre os itens não alimentícios no mês, após queda de 10,69% em agosto, registrando o terceiro maior impacto individual no índice geral. Os preços dos transportes por aplicativo avançaram 9,18% em setembro, e já tinham subido 3,06% no mês anterior.
Alimentação no domicílio desacelera com queda nos preços das carnes
Alimentação e bebidas (1,02%) tiveram uma leve desaceleração em relação a agosto (1,39%) por conta do recuo das carnes (-0,21%), após sete meses consecutivos de alta, o que acabou puxando a alimentação no domicílio para baixo (1,19%), frente ao resultado de 1,63% no mês anterior. “Essa queda das carnes pode estar relacionada à redução das exportações para a China. No início do mês, houve casos do mal da vaca louca na produção brasileira. Com a suspensão das exportações, aumentou a oferta de carne no mercado interno, o que pode ter reduzido o preço”, explica Pedro Kislanov.
Também recuaram os preços da cebola (-6,43%), do pão francês (-2,00%) e do arroz (-0,97%). “No caso do pão francês, tivemos uma redução no preço do trigo no mercado internacional, o que pode ter impactado esse resultado”, disse Kislanov.
Por outro lado, o IPCA continua registrando altas expressivas na alimentação dentro do domicílio. É o caso das frutas (5,39%), que contribuíram com 0,05 p.p. no índice de setembro, do café moído (5,50%), do frango inteiro (4,50%) e do frango em pedaços (4,42%). “O frango tem subido bastante por conta da alta do custo da ração animal. Ele também é impactado pela alta da energia elétrica. Por ser um substituto das carnes, o preço do frango costuma subir com a maior demanda”, explica o gerente do IPCA.
Também aumentaram em setembro os preços da batata-doce (20,02%), da batata-inglesa (6,33%), do tomate (5,69%) e do queijo (2,89%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou, passando de 0,76% em agosto para 0,59% em setembro. O principal fator foi o recuo do lanche (-0,35%), que havia subido 1,33% no mês anterior. A refeição teve alta de 0,94%, acima do 0,57% observado em agosto. Além disso, os preços da cerveja (1,32%) e do refrigerante e água mineral (1,41%) também subiram em setembro.
Os grupos habitação, transporte e alimentação e bebidas contribuíram com cerca de 86% do resultado de setembro (1 p.p. do total de 1,16). Os demais ficaram entre a queda de 0,01% em educação e a alta de 0,90% em artigos de residência.
O aumento dos preços ocorreu em todas as áreas pesquisadas em setembro. O maior índice foi registrado em Rio Branco (1,56%), influenciado pelas altas nos preços da energia elétrica (6,09%) e do automóvel novo (3,57%). Já o menor resultado ocorreu em Brasília (0,79%), por conta da queda nos preços da gasolina (-0,81%) e do seguro de veículo (-3,36%).
Kleiton
09/10/2021 - 20h47
A culpa é do povo que não tem uma offshore no exterior com meu o posto Ipiranga
dcruz
09/10/2021 - 15h46
Pior é que ainda tem gente que vai nessa conversa de que a economia não andou devido à pandemia. Repetem o mesmo ramerrão do chefe, e o vírus vai ser o grande culpado, com a frase de profeta falido siplificando tudo: “eu bem que avisei”.Não há dúvidas de que essa vai ser a desculpa da vez do genocida na hora dos debates, se é que seus marqueteiros não vão inventar outra facada pra ele fugir mais uma vez.
Luiz Alberto
09/10/2021 - 15h27
Sério que esse é o teu argumento? Por que nos outros países não tem essa inflação?
Paulo
09/10/2021 - 12h11
Como pode um Governo bater recorde de inflação num contexto de recessão? Mas o Posto Ipiranga tá tranquilo com a alta do dólar…
Kleiton
08/10/2021 - 22h28
Não mandaram ficar em casa…? Ou foi tudo pensado ?
A economia a gente vê agora e a idiotice “çientifica” sem antecedentes do loquidaum está apresentando a conta.
Rosinei Brandão
08/10/2021 - 19h25
Comentar o que? Ou vc chora ou vc ri!
Francisco*
08/10/2021 - 14h05
Conforme a mídia ‘democrática e responsável’ que temos, ‘de fato’ estava mesmo muito difícil decidir em quer votar para presidente no segundo turno, em 2018.
‘Ainda bem’ que tivemos essa mídia lavajateira a ‘orientar’ o povo brasileiro em relação ao ‘providencial PT Nunca Mais’, caso contrário, imaginaram a tragédia, hoje?
Sem ela não teríamos chegado ao glorioso Brasil dos 5G:
O do GOVERNO, do já ir roendo-se ossos para mitigar a FOME do desemprego e do abandono, do botijão a mais de cem a retroceder no queimar, de espiriteiras e de lenhas, para SOBREVIVER com risco de queimar-se, da falta de oxigênio, responsabilidade e humanidade, para RESPIRAR, CURAR e CUIDAR, solidariamente do povo brasileiro, indistintamente, da falta de decência, competência e civilidade para MOTIVAR, dos gabinetes do ódio para BARBARIZAR, das fake news a ILUDIR E NEGAR, das goiabeiras a EVANGELIZAR, Do negacionismo a ISOLAR e da volta da inflação de dois dígitos a DESESPERANÇAR, de vez, outra vez.
O dos GENERAIS, da ‘batatalha’ da saúde com 600 mil mortos em um ano e sete meses, da ‘batatalha’ da democracia contra o Supremo ‘com a faca no pescoço’ e à espera do ‘jipe com um cabo e um soldado’ e das providenciais ‘notinhas’ verde oliva no JN, enquanto o país afundava ainda mais no brejo, pela ingerência e incompetência onde não tem competência, sem falar em benesses e ‘otras cositas más’ que os importunam e nos custam.
O do GUEDES, o posto Ipiranga ministro da Economia com milhões de dólares depositados no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, para garantir-se acompanhado no folguedo garantista pelo presidente do Banco Central, por isonomia do destino, neto do manjado ‘Bob Fields’, três ‘graduados barnabés’, cumprindo o destino em relação aos seus, acomodados na Casa Grande do patrimonialismo de estado com desigualdade campeã na Senzala, há séculos.
O da GLOBO MARINHO, golpista a arrepender-se no futuro, garantindo o não arrepender-se no presente, e que garante-se dando a maior importância ao que NÃO INFORMA e DESINFORMA.
Paulo ‘Posto Ilhas Virgens Britânicas’ Guedes que o diga, nesse momento.
O do premonitório GOLDEN SHOWER, logo no inicio desse desgoverno, a regar com jato dourado o oco dessa tragédia anunciada eleita, que ora nos lega isso tudo e tudo isso, conforme certo, sabido e anunciado, porém de “difícil decisão”, né não, Estadinho?: