Lideranças políticas de diversos partidos manifestaram repúdio a decisão de Jair Bolsonaro que vetou a distribuição gratuita de absorvente para mulheres de baixa renda. A medida foi aprovada por ampla maioria no Congresso Nacional e tem como objetivo combater a pobreza menstrual no Brasil.
Autora do projeto, a deputada Marília Arraes (PT-PE) deixou claro que vai trabalhar para derrubar o veto presidencial. “A busca pela dignidade das mulheres é uma pauta de toda sociedade. Só teremos um país justo se as mulheres tiverem o básico. Firmes pela derrubada do veto presidencial”.
No Senado, a representante da bancada feminina, Simone Tebet (MDB-MS), disse que a atitude de Bolsonaro “chega a ser cruel” e lembrou que o veto foi tomado em pleno Outubro Rosa.
“Veto à distribuição gratuita de absorventes a milhões de estudantes pobres de escolas públicas, moradoras de rua e presidiárias é falta de empatia, desconhecimento da realidade e descaso. Chega a ser cruel, em pleno Outubro Rosa, quando voltam-se os olhos para a saúde da mulher”, afirmou Tebet.
Na Câmara, a deputada Tábata Amaral (PSB-SP), autora de um projeto similar que propõe a distribuição gratuita desse produto básico de higiene feminina, esclareceu que apesar da decisão de Bolsonaro, a luta contra a pobreza menstrual vai continuar no Congresso Nacional e ressaltou que também vai trabalhar arduamente para derrubar o veto.
“Garantir absorventes é garantir dignidade! A luta contra a pobreza menstrual é uma luta do Brasil e não vamos abaixar a cabeça para um governo desumano e incompetente. Pressione o Congresso para derrubar o veto ao PL dos Absorvente”, disse.
Outras parlamentares também se posicionaram sobre o veto do presidente da República.
O repúdio também foi expressado por parlamentares homens. Em nota enviada ao Cafezinho, o vice-líder do MDB no Senado, ex-ministro da Saúde Marcelo Castro (PI) ressaltou que a proposta “representa um avanço na nossa luta em prol da dignidade humana” e que o Legislativo vai “trabalhar para derrubar esse veto e mostrar que nós, senadores e deputados, somos sensíveis a esse tema e conhecemos a realidade do país”.
Confira a reação de outros congressistas!