Ignorando a lei, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mantém empresas em paraísos fiscais mesmo após começarem a ocupar cargos públicos no Governo Bolsonaro, desde o início de 2019.
Para evitar conflito de interesses, existem normas do serviço público e a Lei sobre o tema aponta que os dois nomes responsáveis pela economia nacional podem ter passado por cima dessas regras exigidas pelos funcionários de alto escalão do Executivo Federal.
De acordo com reportagem do Poder360, Guedes mantém sua offshore ativa, mas não deixou claro se fez movimentações e a natureza delas. Já Campos Neto deu indícios de que não fez movimentações e fechou uma de suas companhias 1 ano e três meses depois de ter assumido a presidência do Banco Central.
De fato, existe um documento que declara a abstenção de Campo Neto nas movimentações e Investimentos de suas offshores.
Já Guedes é ligado à offshore Dreadnoughts International Group Limited. Quando a empresa foi criada no ano de 2014, ele depositou US$ 8 milhões. Ainda de acordo com a reportagem, Guedes aumentou seu montante para US$ 9,5 milhões até agosto de 2015.
Campos Neto possui duas empresas, a Cor Assets S/A e ROCN Limited. A primeira foi criada em 2004 e teve um aporte inicial de US$ 1,09 milhão.
Após a divulgação da reportagem, o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), anunciou que vai convocar Paulo Guedes para que dê explicações aos deputados.