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Maia defende chapa Doria e Ciro em 2022

O ex-presidente da Câmara e atual secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo, Rodrigo Maia (sem partido-RJ), não esconde de ninguém que é um entusiasta de uma candidatura de terceira via ao Palácio do Planalto em 2022. Para isso, ele foi trabalhar no governo paulista para também emplacar o nome do atual governador […]

3 comentários
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O ex-presidente da Câmara e atual secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo, Rodrigo Maia (sem partido-RJ), não esconde de ninguém que é um entusiasta de uma candidatura de terceira via ao Palácio do Planalto em 2022. Para isso, ele foi trabalhar no governo paulista para também emplacar o nome do atual governador João Doria (PSDB) no pleito presidencial.

Em entrevista ao Valor, Maia defendeu a chapa formada justamente por João Doria e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Na avaliação do secretário, a aliança entre os dois nomes criaria um “fato novo” e disse que seria “a melhor chapa” alternativa a Lula (PT) e Jair Bolsonaro.

“Ciro tem vantagem porque é mais conhecido nacionalmente, tem muita experiência, um belo exemplo para mostrar. Mas, a princípio, o campo que tem mais condições de construir é o da centro-direita. Meu sonho é conseguir fazer uma aliança com a centro-esquerda. A relação do Doria e Ciro permite isso? Não sei. PSDB e PDT construiriam um fato novo e fariam a melhor chapa”.

Mas ainda segundo o parlamentar fluminense, a chapa “Doria-Ciro” pela terceira via tem como principal impasse a pauta econômica. Enquanto o tucano defende uma agenda liberal, Ciro Gomes é um feroz defensor do nacional desenvolvimentismo, com mais presença do estado na economia.

“Para isso, faz um corte numa agenda econômica mínima, com convergências. O grande problema para o nosso eleitorado e o do Ciro é a agenda econômica. Ele fala de maior intervenção do que o nosso campo defende”.

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Walfredo Ferreira da Silva

02/10/2021 - 18h28

Quem vai ser o vice nessa chapa ? se Ciro não quis ser vice de Lula , agora, imagine de Dória .

Oblivion

02/10/2021 - 14h01

Doria e ciro juntos? Pensei q nada me faria votar nos hipocritas e sacanas da banda podre do pt. Mas pelo jeito eu posso estar enganado.

EdsonLuiz.

01/10/2021 - 18h01

Eu andei acompanhando como pude daqui do Espírito Santo os diagnósticos e elaborações do tal Mauro Benevides, que é lá do Ceará e parece ser um dos formuladores, provavelmente o principal formulador, de políticas econômicas de Ciro Gomes.

Para me informar eu uso jornal impresso e alguns outros modos, como emails que me enviam quando eu peço.

Não uso rede social nenhuma. De fato, eu muito pouco uso computador. Quando usei computador, depois de estranhar e quase quebrar aquela coisa quadrada, feita de plástico e ligada à tomada que apareceu um dia sobre a minha mesa lá pelos anos 90, eu não tinha opção senão aceitar aquilo que eu não queria. Me esforcei para aceitar o novo e muito diferente que aquilo era em meu mundo e, depois de muita briga contra a máquina, admiti que ela era melhor do que a velharia que eu usava, à qual eu estava acostumado e resistia a abandonar. Após aceitar o computador, que eu rejeitara tanto, eu descobri o quanto mais produtivo que o computador me tornava.

Um dia, logo ao chegar, disseram que eu tinha que fazer uma senha e que a senha tinha que ter pelo menos seis caracteres. Contrariado, eu me sentei à frente daquela máquina. Tentei uma senha, o computador não aceitou; tentei outra e outra… nada! Então, por raiva, eu tasquei uma palavra de seis letras. O bicho estranho, elétrico e com esqueleto de plástico que havia rejeitado várias das minhas tentativas, dessa vez aceitou a palavra de seis letras que eu escrevi como senha.

Eu usei esta primeira senha até o surgimento da internet, quando tive que passar a me relacionar com aquela máquina por meio de uma central de suporte. Com o suporte, eu tinha que trocar a senha repetidamente e para isso precisava informar a senha antiga para a única pessoa que liberava a mudança, uma programadora e cientista de dados responsável pela rede.

Na primeira vez que troquei a senha ela me perguntou: “Qual é a sua senha atual?” Eu disse. E ela: ” Não, eu não quero que me informe qual vai ser a sua senha nova, você mesmo vai registrar a senha nova depois que eu liberar sua máquina – conversávamos por telefone, ainda não existia acesso remoto do administrador ao computador. Bem! O que ela me pedia era para eu dizer para ela por telefone a senha que eu vinha usando, para ela retirar e liberar a máquina para eu registrar uma senha nova. Eu gaguejei, tossi…e comecei a falar ao telefone a senha antiga. Falei assim, muito baixinho e constrangido: b…u…c… Enquanto soletrava nervosamente percebi um risquinho de riso do outro lado, que ela conseguiu disfarçar. Quando terminei, ouvi a voz educada da cientista de dados falar do outro lado da linha: “ok! Dentro de dez minutos você pode entrar no computador e mudar sua senha”.

Melhor! Em dez minutos eu deveria entrar no computador e mudar minha senha. Se precisasse fazer outra ligação telefônica naquela época para a administradora de rede me liberar a senha do computador eu não sei quanto tempo levaria para conseguir a ligação. A telefonia era estatal e não funcionava, poucos tinham telefone e uma linha de telefone custava o preço de um fusca zero. Sério! Havia uma bolsa de telefones e o que se comprava eram ações das companhias estatais telefônicas estaduais. Aqui no Espírito Santo o nome da telefônica era Telest; em São Paulo, Telesp; no Rio, Telerj, e assim por diante. Os telefones custavam o preço de carros novos e não funcionavam!

Um dia privatizaram o serviço. Hoje, um vendedorzinho de coco na praia não precisa interromper seu trabalho, fechar seu carrinho e ir procurar o fornecedor de cocos quando a sua mercadoria acaba. Hoje, o vendedor de coco, quando a sua mercadoria está acabando, apenas solicita alguns instantes de seu cliente, pega o celular, faz o pedido de mercadoria e continua a sua venda. Se a telefonia ainda fosse estatal, o vendedor de coco estaria estacionado no ano de 1950 em pleno ano 2021 e, mesmo se tivesse acesso a telefone, só conseguiria completar a ligação se obstinasse em discar por três ou mais horas.

No Brasil e em muitos países atrasados, tem muita força política estacionada no passado, em um tempo em que o povo ainda não tinha tido tempo para derrubar os muros do totalitarismo. Estão em um tempo em que o povo ainda não tinha tido forças para enfrentar os exércitos dos tiranos e derrubado o governo soviético, a ditadura brasileira,vo regime polonês, as ditaduras da Argentina, do Chile, os autoritários de todo o mundo. Esse atraso está por aqui, incidioso, à direita e à esquerda, algumas vezes escancarados, como Jones Manoel, Alexandres e Josés de Breus’, outras vezes disfarçados, mas xingando a imprensa boa e livre sempre, e defendendo ditaduras. Para disfarçar, covarde e falsamente se declaram progressistas.

Mas você acredita se eu disser que no primeiro leilão dessas estatais estagnadas tecnologicamente, sem capacidade de investimento e que engessavam a produtividade do trabalho do vendedor de coco, do arquiteto, do funcionário público, que nunca conseguia fazer uma ligação telefônica importante para concluir seu trabalho e botar o processo já parado há meses para andar, travava a produtividade do trabalho de outras estatais, de multinacionais importantíssimas, de meios de comunicação, de hospitais, travava tudo! Mas no dia do leilão da primeira estatal leiloada, a Telerj se me lembro, fizeram uma manifestação imensa contra a privatização no local do leilão? Você acredita se eu disser que tanto o PT quanto bolsonaro votaram contra a privatização?

Que tanto petistas como bolsonaro (ainda não havia bolsonaristas) xingaram muito, nisso eu sei que vocês acreditam, claro! Que um manifestante conseguiu chegar e dar um chute muito forte no traseiro do leiloeiro, que caiu no chão, estas coisas violentas que o ator petista José do A. Breu e o historiador Jones Manoel estimulam para evitar o progresso e conservar o atraso, isso vocês acreditam.

Se ainda fazem isso e ainda defendem estas ideias toscas até hoje, imaginem o que faziam e o que pensavam naquele tempo?

Nunca mais usei aquela senha. …No computador!

Tenho um tablete aqui que nem comprei para mim, mas continua comigo. Uso muito jornal em papel para me informar, e ganho por vários modos uma parte das informações que processo, muito por e-mail. Foi assim que andei lendo o que pensa o principal formulador de políticasCiro econômica de Ciro Gomes. Fiquei muito bem impressionado. Muito mesmo!

No que li foi produto de conversas de Mauro Benevides com técnicos e com a imprensa especializada, não era conversas com militantes. Nestas conversas Mauro Benevides está sendo economista, não está sendo político querendo votos. Achei a sua elaboração e seu diagnóstico sensacionais! Eu vi em Benevides um economista bem consistente, com um posicionamento claramente de centro-esquerda, e não vi nenhuma proposta doidivanas, como estas propistas que o militantezinho, viciado por “informações” não sei de quais fontes costuma defender. O que vi de Benevides quanto a estatais, por exemplo, é que ele não é contra estatais, nem a favor de estatais. Benevides usa, como economista, evidências e racionalidade. Pelo que vi, para Benevides o serviço ser estatal ou privado vai depender da racionalidade, não de ideologia.

Eu vi em Benevides um economista moderno e com um diagnóstico muito potente e sensível das nossas mazela. E as soluções que Benevides propõe não são nada doidas, como as que propõe o PT quando mostra o que pensa sem esconder e não são nada atrasadas, como as soluções que o PDT costuma defender.

Leitor treinado, com cultura geral razoável, cultura política inclusa e, principalmente, posicionado ideologicamente, mas NECESSARIAMENTE ideologicamente desarmado e que acha mais enriquecedor ler e estudar os que pensam diferente de mim, fico bastante aberto a quem pensa diferente de mim, se ele estiver se posicionando a sério e fundamentado.

Claro que não vou dar atenção e levar a sério quem, por exemplo, chama de boicote quem não endossou as propostas erradas de Dilma para corrigir a situação grave em que o próprio PT jogou a nossa economia. Quem tinha se boicotado foi o próprio PT, ao boicotar as medidas propostas por Joaquim Levi, que não conseguiu implementá-las. Um petista fanatizado dirá: eram propostas neoliberais! Sim, muitas eram. Os neoclássicos são uma escola importante. O neoliberalismo é uma ferramenta muito boa com que conta os economistas. Neoliberalismo não serve para tudo. Nem uma escola de economia serve para tudo! Nem uma escola é usada sozinha. Muito do que é usado em economias avançadas, na Dinamarca, na Bélgica, na Holanda, na Alemanha, onde quer que a economia faz progresso é da matriz neoliberal. Não confundir, por favor, com o adjetivo pejorativo usado para denunciar a captura do Estado para favorecer a acumulação privada. Quem fica se dizendo “de esquerda” (e na verdade é extremista de esquerda) usa muito os termos ‘neoliberal’, ‘neoliberalismo’ como xingamento. Querem se referir à captura do Estado pela iniciativa privada e fazem essa referência por pura ignorância: se o economista ou agente político for realmente neoliberal ele defende a menor associação possível entre iniciativa privada e Estado, e não maior associação. Se o que ele está defendendo o uso particular do Estado, ele não está sendo neoliberal, ele está sendo um vigarista. Um neoliberal defende ampla liberdade econômica. Ms não defende que o Estado não faça regulação. O que um neoclássico não quer é, o mais possível, a intervenção direta do Estado na economia. Quando o Estado vira dono de empresa que a iniciativa privada pode aceitar investir, nem telefone funciona!

E, um detalhe: quem costuma usar muito a captura do Estado para favorecer empresas de amigos não é o neoliberal. Quem costuma fazer isso são os populistas, Lula e bolsonaro, por exemplo. Não foi essa o lambança o que houve nos governos do PT, com Joeslei Batista JBS, com Odebrecht pai, filhos e empresas, com Léo Pinheiro e OAS, com Ike Batista e o petróleo que ele não tinha?

Gente! Se você não sabe o que é neoliberalismo, não use esse termo. Se bem usado, onde e quando precisa, o neoliberalismo é excelente; usado indevidamente, como o uso feito por Lula e o PT e como bolsonaro usa, é venal e um desastre.

Usar o termo ‘neoliberal’ para xingar? E ainda fazer isso sem saber direito o que está falando? Ainda mais quando quem faz esse uso do neoliberalismo que você condena é exatamente quem você defende? Oras, isso é covardia, cinismo e leviandade! Pare de fazer isso!

Agora, voltando ao Mauro Benevides e ao que ele pensa de economia, eu vi nele um formulador muito lúcido, com um pensamento claramente moderno, ideologicamente de centro-esquerda, com sensibilidade e consciência de nossas mazelas e dos temas atuais importantes, como a urgência da questão ambiental e da pobreza. E não vi nele nada do atraso do PDT.

Rodrigo Maia devia revisitar Mauro Benevides. Vai ver que as propostas de Ciro são mais modernas do que as que João Dória pode propor.

Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br


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