No seu depoimento a CPI da Pandemia, o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, fez a defesa de práticas negacionistas e atacou as vacinas, o uso de máscaras e fez discurso a favor de medicamentos do chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19, método comprovadamente ineficaz contra o vírus.
Segundo ele, sua família e amigos receberam o tratamento precoce e “ninguém” chegou a ser internado. Mas para mascarar seu negacionismo, ele disse que se tratava apenas de uma “opinião”.
Fakhoury também assumiu na comissão que não se vacinou. Ele foi o único dos depoentes negacionistas que defendeu abertamente sua posição contra as vacinas e também que a imunização não tem que ser obrigatória.
“As vacinas têm que ser adquiridas e oferecidas pelo governo, porém ainda hoje se encontram em estágio experimental. A minha posição é que elas não devem ser obrigatórias. Aguardo o término dos testes para decidir se imunizo minha família ou não”.
Após a sua fala, o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esclareceu ao depoente que “quando a liberdade de opinião atinge a saúde pública, não é mais opinião. É crime”.
Já o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o empresário bolsonarista estava se auto-incriminando, por ignorar o artigo 268 do Código Penal, que prevê infrações de medidas sanitárias para evitar a propagação de doença contagiosa como a Covid-19.
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