Cotado para disputar a presidência da República em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, vai travar uma disputa acirrada contra o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) nas prévias tucanas. Inicialmente com quatro nomes no páreo, as tradicionais prévias do PSDB agora conta com apenas três (Doria, Leite e Arthur Virgílio), pois o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) decidiu abrir mão para apoiar Leite.
Entre as lideranças tucanas, a avaliação é que Eduardo Leite reúne mais condições políticas de sair como candidato nacional do PSDB e consequentemente agregar apoio de outras legendas do centro. Mas por outro lado, Doria é governador do estado mais rico do país e tem intensificado sua campanha interna para vencer as prévias, incluindo o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Caso o tucano gaúcho consolide seu favoritismo entre as lideranças tucanas e saia vitorioso nas prévias, Doria teria o MDB como seu “Porto Seguro” para uma eventual candidatura ao Planalto. O governador mantém boas relações com o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (SP), e com outros integrantes da cúpula emedebista como o ex-presidente Michel Temer.
Em São Paulo, o MDB faz parte da base governista do tucano e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, é apoiador declarado de Doria. Outro integrante do atual governo estadual que também pode fazer parte dos quadros do MDB é o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
Ocupando o cargo de secretário de Planejamento e Ações Estratégicas da gestão paulista, Maia é entusiasta da candidatura de Doria como representante da centro-direita e aceitou fazer parte da equipe de Doria justamente para tentar auxiliar o tucano na sua empreitada em 2022. Sem partido, Maia travou suas tratativas com o PSD de Gilberto Kassab e pode concorrer a reeleição pelo MDB do Rio.