Por Altamiro Borges
Nesta quarta-feira (22), a Justiça negou recurso do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e manteve a decisão que determina que pague indenização de R$ 35 mil por danos morais à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha. A decisão, tomada na 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi unânime contra os ataques de “conteúdo misógino” do filhote 03 do presidente da República.
Dudu Bananinha, como o deputado é chamado pelos corredores da Câmara Federal, repercutiu declarações de Hans River, ex-funcionário da Yacows, empresa especializada em marketing digital, à CPMI das fake news. O caluniador afirmou que a repórter teria se insinuado sexualmente para obter maiores informações sobre a ação da milícia digital bolsonarista nas eleições de 2018. O filhote do “capetão” endossou as calúnias criminosas e, por isso, foi processado pela jornalista.
A decisão do TJSP foi festejada por Taís Gasparian, advogada da Folha. “O que ficou claro no julgamento foi que o tribunal entende serem intoleráveis as manifestações de conteúdo misógino dirigidas às mulheres. As declarações que Eduardo Bolsonaro fez contra Patrícia Campos Mello são inaceitáveis. Ao atribuir uma atitude dessa à jornalista, o deputado atinge não apenas a Patrícia, mas a todas as mulheres, como se só pudessem ter sucesso com esse tipo de expediente”.