O ex-diretor da OAS, Augusto Cesar Uzeda, também negou acusações feitas pelo ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro, contra o ex-presidente Lula. As ilações contra o petista foram anexadas na delação premiada de Pinheiro com a Lava-Jato.
Uzeda entrou no processo, a pedido do então presidente da OAS, como testemunha para apresentar fatos na investigação contra Lula por corrupção e tráfico de influência internacional. Recentemente, foi divulgado na imprensa uma carta de punho do próprio Léo Pinheiro onde retira as acusações contra o ex-presidente.
Já no que diz respeito ao ex-diretor da OAS, ele também fez uma carta escrita a mão, com 17 tópicos, onde afirma que não presenciou nenhum pedido para que Lula tivesse envolvimento no aumento de capital do Banco Centro Americano de Integração Econômica (BCIE). O suposto pedido teria sido feito antes de um evento da empreiteira na Costa Rica, em 2011.
Uzeda afirmou que agenda oficial era apenas uma palestra de Lula e depois um jantar que foi “em local público com centenas de pessoas”.
Na delação, Pinheiro disse que na Costa Rica, pediu a Lula que fizesse uma audiência com o presidente do BCIE, Nick Rischbieth.
Além disso, ele detalhou que a suposta audiência aconteceu na suíte onde o ex-presidente estava hospedado e que o então diretor da OAS, Uzeda, estava presente. Porém, o ex-diretor negou a existência de um diálogo com o Lula em sua suíte.
Uzeda também falou em prejuízos que a OAS teve no país da América Central. “Não tenho conhecimento de qualquer vantagem indevida solicitada pelas pessoas mencionadas neste inquérito, tampouco de qualquer ato das autoridades locais que pudesse ter beneficiado ilegalmente a Construtora OAS”.
Com informações de Bela Megale (O Globo).