O primeiro volume da biografia do ex-presidente Lula (PT) já está pronto para ir às livrarias de todo país pela editora Companhia das Letras.
A obra foi escrita pelo jornalista, escritor e ex-deputado Fernando Morais e está em fase de pré-venda. A previsão é que o livro sobre a vida do líder petista seja lançado em novembro deste ano.
“A essas dezenas de horas de depoimentos, somou o faro de repórter e a prosa cativante para compor projeto biográfico que traz um painel do personagem em toda sua grandeza e complexidade”, diz a sinopse da obra.
Ao todo, o primeiro volume terá 416 páginas e já é muito aguardado dentro e fora do Brasil. Nele, será abordado a infância de Lula no sertão de Pernambuco, o início de sua vida política no sindicalismo e as grandes greves nas fábricas do ABC Paulista.
E obviamente, a obra sobre Lula também vai falar sobre a criação do Partido dos Trabalhadores, a primeira campanha eleitoral, a prisão do ex-presidente e finalmente sobre a anulação das condenações judiciais.
No livro, a editora incluiu um fato inédito que aconteceu nos bastidores do dia 7 de abril de 2018, data em que Lula foi preso por ordem arbitrária do então juiz Sérgio Moro pela Operação Lava Jato de Curitiba. Confira!
“No aeroporto paulistano, um incidente quase encrespou a operação. Ao contrário dos colegas, sempre respeitosos com o ex-presidente e seus advogados, o mal-encarado delegado Jackson Rimac Rosales Allanic, de traços faciais indígenas, chefe do CAOP (Comando de Aviação Operacional da PF), se dirigiu de maneira áspera a Zanin [advogado de Lula]:
— Vamos ter que algemar o presidente.
Pela primeira vez viu-se o afável Cristiano Zanin elevar o tom de voz e responder com dureza:
— Nada disso! Não, senhor! Algemado ele não embarca. O senhor está violando o mandado de prisão, que veda expressamente a utilização de algemas em qualquer hipótese. Algemado o presidente não embarca.
O policial perdeu a parada, mas não a pose:
— Então levarei as algemas comigo durante o voo. Se for necessário elas serão utilizadas.
Zanin foi seco:
— Isso não será necessário, não acontecerá”.