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Gilberto Maringoni: A semana que demorará para terminar

Por Gilberto Maringoni A entrevista de Gilmar Mendes à Folha mostra que a operação Michel Temer vai muito além da redação de uma nota de recuo para Bolsonaro. Trata-se de um movimento mais abrangente, que lança uma bóia de salvação para o boçal e uma justificativa para a direita liberal (que inclui o centrão) não […]

6 comentários
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Por Gilberto Maringoni

A entrevista de Gilmar Mendes à Folha mostra que a operação Michel Temer vai muito além da redação de uma nota de recuo para Bolsonaro. Trata-se de um movimento mais abrangente, que lança uma bóia de salvação para o boçal e uma justificativa para a direita liberal (que inclui o centrão) não largar o osso. O operativo visa atravessar 2022 com Bolsonaro no palácio e gestar uma sucessão com um candidato conservador viável eleitoralmente, que pode ou não ser o capitão. A articulação envolve também setores do empresariado.

Há outro setor da direita que resolveu adotar tática distinta para a sucessão. Decidiu romper com o governo e busca construir um nome viável a partir de fora. Essas facções estão entre as articuladoras do ato do dia 12 e ensaia engrossar o pedido de impeachment do presidente.

Não há ainda pesquisas disponiveis para se avaliar o isolamento de Bolsonaro após o 7 de setembro. Tudo indica que aumentou. Contraditoriamente, a margem para o impeachment se reduziu, com a operação Temer.

Esta semana demorará a terminar. Bolsonaro é absolutamente incontrolavel e nada indica que mudará seu comportamento. O país segue com 600 mil mortos, desemprego nas alturas, fome se alastrando e a economia andando aos soluços.

Mais do que nunca, as ruas serão decisivas para a oposição. Para além das polêmicas sobre o ato deste domingo, o certo é que sem a ampliação e unificação das campanhas contra Bolsonaro, dificilmente teremos uma mudança qualitativa do quadro político.

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Comentários

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Marco Vitis

11/09/2021 - 16h09

Há os puristas e os hipócritas. Estes últimos, SELETIVAMENTE, não aceitam aliança com golpistas da Dilma, mas fecham os olhos pra outros golpistas. Mas a História ensinou que Hitler foi derrotado pela aliança Churchill, Roosevelt e Stálin. Ou não ?

Francisco*

11/09/2021 - 13h49

A mesma carta, o mesmo verbo e até na trilha musical raiz o mesmo de ‘Coração de Papel’.

“…Você não quis, jogou ao léu
Meu coração que não é de papel”

O problema da classe dominante, a dos poucos ‘nababos’ que detém o poder no país, nunca deixou de ser o mesmo, de fato e desde 1980 de forma mais concreta e de risco, o de não permitir que o povo, o dos muitos até então completamente fora do jogo político pra valer, possa tomar-lhes o poder, organizando-se.

Portanto, desde 1980, quando o PT começa a construir-se como legítimo representante dos muitos desiguais, a classe dominante persegue-o incessantemente para que não exista, e se teimar em existir, que não os vença através do voto, e se vence-los através do voto, não tome posse, e se tomar posse, que não governe, e se governar a ponto de que não mais se consiga tira-lo através do voto, que lhes seja aplicado o golpe, caso contrário a Casa Grande, cedo ou tarde, ruirá e ‘sobrarão ao relento’, sem mais o Estado para chamar de seu e protege-los, após séculos de dominação pela perpetuação da inacreditável desigualdade e consequentemente do atraso e da dependência do país, com espirito e prática de colônia, entranhados e condenando-nos ao passado eterno, como presente.

Esse é o problema da classe dominante, o PT cada vez mais entranhado na alma do povo e que teima em desafiar o manjado “Nunca Mais”, furiosamente perseguido sem sucesso por eles na base do ‘custe o que custar’, com o “Fingimos que Fumos e Vortemos, Ói Nóis Aqui Traveis”, pelo simples fato de ser o fator concreto e organizado para esses ‘poucos’ perderem o controle sobre o Brasil que precisam para nababescamente continuarem vivendo à custa do suor alheio de ‘muitos’, secularmente. Daí o desespero e a re-ação cada vez mais desvairada.

A novidade agora, pela primeira vez, é que para poderem se concentrar em aumentar de novo o som na caixa com o “PT Nunca Mais”, para iludir os mesmos otários, incautos, desavisados, apavorados e descerebrados, diplomados de sempre, antes precisam consertar a cagada de 2018 e tirar a pedra do Tragédia Anunciada que colocaram no caminho ao elegerem-no e permitir que assomasse-se de parte majoritária da direita, que unificada até então comandavam, antes que o gado dividido vá com berrante, cloroquina e tudo mais que carregue, pro brejo da realidade não paralela, levando junto a xucra e assustadiça classe dominante.

Como diria Manuel Francisco dos Santos, na situação:
Será que combinaram com o gabinete do ódio do Cavalão?

Paulo

11/09/2021 - 11h41

Não dá pra comparecer e nem mesmo para apoiar atos advindos de neoliberais e outros idiotas do mesmo jaez. Precisamos de uma direita sadia, patriota, cristã (de vertente católica), desenvolvimentista, anti-entreguista, radicalmente contrária à pauta de costumes da esquerda, intelectualmente sóbria e moralmente preparada. Seria pedir demais?

Duilio

11/09/2021 - 10h14

Ao invés de fazer essas “pseudo analises” inuteis nao seria bem melhor a esquerda começar a propor algo aos brasilerios em vista de 2022…?

Ou nao te nada mesmo ?

Franco

11/09/2021 - 10h12

“Não há ainda pesquisas disponiveis para se avaliar o isolamento de Bolsonaro após o 7 de setembro. Tudo indica que aumentou. ”

Nao pecisava confirmar pois é notorio mas a gente viu no dia 7 que as pesquisas servem menos que um sabugo de milho.

Sebastião de golveia

11/09/2021 - 10h04

Caralho meu quer dizer que todo esse falatorio essas bravatas todas era si pra enganar o gado e as ovelhinhas carbeiros que la estavam? Mais puta que pariu tudo o que o malandro bomitou a tarde enholiu a noite? É brincadeira viu ? É pra acabar meu!!!


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