As expectativas de um golpe de estado por parte dos bolsonaristas, de fato, eram altas, mas nada disso aconteceu nesse feriado do 7 de setembro, onde se falou de tudo, menos da Independência do Brasil.
Bolsonaro ainda alimenta seus delírios golpistas e coloca, em quinquagésimo plano, o seu próprio governo que na prática, pertence ao Centrão, que pode muito bem, ao seu bel prazer, articular um “golpe branco” para um governo tampão liderado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão. Essa possibilidade está no radar pelo lado da cúpula do PP, partido que sustenta o atual governo.
Na real política, o ex-capitão perdeu a serventia na própria gestão, tornando-se um zumbi político que resta apenas voltar a sua origem miliciana e praticar um tipo de messianismo que só pertence aos fascistas.
O fracasso retumbante das manifestações só mostrou que ele está mais do que isolado, está afundado na própria insignificância política e se agarra aos seus apoiadores lunáticos, foi o que lhe restou.
Outro fator importante para se atentar é que Bolsonaro também quis mostrar aos entusiastas da terceira via que “só ele” tem força majoritária para ocupar setores da direita. Esse é um recado que as lideranças desse campo alternativo precisam se atentar!
Não deixa de ser uma tentativa desesperada de chegar ao final do mandato e ir para o 2° turno das eleições de 2022. Mesmo com as chances remotas de vitória, ele está disposto a ir para as últimas consequências. Se terá êxito, é provável que não!
É fato, nos próximos dias os bastidores em Brasília estarão quentes. As lideranças partidárias de todos os matizes devem convocar reuniões para fechar questão sobre a derrubada do capitão terrorista.
Pelo lado do Judiciário, as investigações em torno de Bolsonaro devem se aprofundar e resultar em novas prisões de aliados e Bolsonaro sabe que seu filho ’02’, Carlos, poderá a ser o primeiro do clã a ser preso.
Com o discurso golpista, Bolsonaro acabou fortificando a união dos ministros da Supremo Tribunal Federal em torno de Alexandre de Moraes, relator do inquérito dos atos antidemocráticos. Com tudo isso em voga, o impeachment de Bolsonaro nunca foi tão imperativo!