Na véspera das manifestações do 7 de setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão preventiva do ex-policial militar de Minas Gerais, Cássio Rodrigues Costa Souza, que fez ameaças de morte contra ele e sua família no Twitter.
A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, foi quem pediu a prisão do ex-PM. Ele avaliou as postagens como gravíssimas pela “incitação de atos violentos e na ameaça direta de morte a integrante” da Suprema Corte.
“Em síntese, o que se nota, mais uma vez, é o emprego de violência psíquica de real concreção a risco de vida de pessoa, em pseudoliberdade de expressão, cujo exercício não se coaduna com ataques à Democracia, ao Estado de Direito e às suas instituições, tampouco com ameaças de violência física. Tal garantia não pode, jamais, ser utilizada como escudo para a prática de crimes”, disse a subprocuradora no pedido.
O ex-PM foi preso pela Polícia Federal que também cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Aprosoja em Brasília e na sua filial em Mato Grosso. A entidade é suspeita de financiar os atos golpistas no 7 de Setembro contra o STF. Tudo isso também foi a pedido da PGR e autorizado por Moraes.
Os agentes da PF também bateram na porta do prefeito de Cerro Grande do Sul, Gilmar Alba (PSL), após ser flagrado com R$505 mil em dinheiro vivo no Aeroporto de Guarulhos (SP). A suspeita é que o dinheiro seria para abastecer financeiramente os atos golpistas.