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Empregados da Caixa participam de Conferência Nacional dos Bancários

Presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) destacará, na abertura do encontro, duas grandes vitórias dos trabalhadores no Senado, esta semana: rejeição da Medida Provisória 1.045 da “minirreforma trabalhista” e aprovação do Projeto de Decreto Legislativo 342, que assegurou direito constitucional de assistência à saúde para 1,5 milhão de […]

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Presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) destacará, na abertura do encontro, duas grandes vitórias dos trabalhadores no Senado, esta semana: rejeição da Medida Provisória 1.045 da “minirreforma trabalhista” e aprovação do Projeto de Decreto Legislativo 342, que assegurou direito constitucional de assistência à saúde para 1,5 milhão de vidas. Discussões vão até amanhã, com participação de renomados especialistas das áreas econômica e política

Brasília, 03/09/2021 — Começa nesta sexta-feira (3), às 17h30, a 23ª Conferência Nacional dos Bancários. O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, participa da abertura do encontro, que reunirá trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país.

Com o tema “Vida é luta”, a conferência será transmitida, ao vivo, pelo facebook e youtube da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A primeira mesa de debates, às 19h, fará uma reflexão sobre “O Brasil que queremos” e contará com a presença do ex-presidente Lula. As atividades continuam durante todo o sábado, a partir de 9h05.

Na abertura, o presidente da Fenae destacará duas grandes vitórias dos trabalhadores no Senado, nesta quarta-feira (1º): a rejeição da Medida Provisória 1.045 — que ficou conhecida como “minirreforma trabalhista” e, além de aumentar a jornada do bancários, reduziria as horas extras da categoria — e a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo 342. Aprovado por unanimidade, o PDL sustou os efeitos da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). Tal resolução acabaria com a autogestão dos planos de saúde em todas as estatais, inviabilizando o direito constitucional de assistência para 1,5 milhão de vidas (titulares e dependentes), incluindo empregados da Caixa e de outras empresas públicas federais.

“Nosso país passa por uma das piores fases da história. Estamos vendo a retirada de direitos dos trabalhadores, desemprego, fome e a venda de empresas públicas, como a Caixa”, destaca Takemoto. “Nós, bancários, tivemos vitórias importantes; mas, sabemos que a mobilização da categoria e de todos os trabalhadores deve continuar. Somente com unidade vamos conseguir superar este momento tão difícil”, acrescenta o presidente da Fenae.

A 23ª Conferência Nacional dos Bancários definirá o plano de lutas da categoria até 2022. Os trabalhos serão subsidiados pelas propostas debatidas durante as conferências estaduais e regionais e em congressos e encontros dos bancários.

“Nossa categoria, assim como toda a classe trabalhadora, está sob intenso ataque de um governo que não tem qualquer compromisso com o povo”, afirma a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Juvandia Moreira, que coordena o Comando Nacional dos Bancários, responsável pela conferência. “A situação é drástica e leva, ano após ano, milhares de bancários ao desemprego. Neste momento de pandemia e com todos os preços nas alturas, isso é ainda mais grave, chega a ser cruel. A categoria está atenta a tudo isso que está acontecendo no país e mobilizada para lutar por seus direitos e pela democracia”, reforça Moreira.

No sábado, a partir de 9h05, os economistas Gustavo Cavarzan e Vivian Machado, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf, Mauro Salles, apresentarão o “Retrato da categoria bancária”. Na sequência, os economistas Fernanda de Freitas Feil, especialista em sistema financeiro, desenvolvimento econômico, finanças verdes e análise macroeconômica; e Ladislau Dowbor, professor da PUC-SP, trarão reflexões sobre “Qual sistema financeiro o Brasil precisa”.

As mesas quatro e cinco de debates tratarão do tema “Brasil sem desigualdades”. Participam da mesa quatro, a ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campelo, e a presidente do Instituto Justiça Fiscal, auditora fiscal Maria Regina Paiva Duarte. Na mesa cinco, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PT-SP), e o professor e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, farão uma análise político-social do tema.

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