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Alerta golpe: policiais aumentaram interação em ambientes fascistas em 2021

Reportagem da Folha sobre pesquisa em redes de policiais mostra uma situação perigosa para a democracia brasileira.  Os dados são do estudo “Política entre policiais militares, civis e federais do Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2021, houve um aumento expressivo do percentual de policiais que interagiram em ambientes bolsonaristas.  Mais grave ainda, […]

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Encontro de Bolsonaro com policiais durante a campanha para a eleição presidencial de 2018 - Twitter

Reportagem da Folha sobre pesquisa em redes de policiais mostra uma situação perigosa para a democracia brasileira. 

Os dados são do estudo “Política entre policiais militares, civis e federais do Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em 2021, houve um aumento expressivo do percentual de policiais que interagiram em ambientes bolsonaristas. 

Mais grave ainda, o aumento principal se deu em ambientes categorizados como “bolsonaristas radicais”, ou seja, que defendem fechamento do congresso e do STF, intervenção militar e outras bizarrices fascistas. 

As redes bolsonaristas “normais”, ou moderadas, são aquelas onde há apoio ao presidente Bolsonaro, mas sem apelo a rupturas democraticas ou institucionais. 

O caso mais grave se dá entre oficiais e praças da polícia militar. 

Entre oficiais da PM, o percentual que interagiu em ambientes bolsonaristas cresceu de 35% em 2020 para 44% em 2021. Mais da metade dessas interações ocorreu em ambientes “radicais” (ou seja, golpistas). 

Entre praças da PM, a situação ainda é mais grave: o percentual de profissionais que interagiram em ambientes bolsonaristas saltou de 41% para 51%. E 30% dos praças da PM interagiram em ambientes radicais. 

O Brasil precisa estabelecer códigos de conduta mais severos contra a politização e partidarização de policiais. Eles constituem uma categoria armada, com a responsabilidade de exercer o monopólio da violência, e sua missão deveria ser a de defender a segurança do cidadão, e não o contrário, de trazer insegurança e instabilidade ao processo democrático. 

Além de tudo, as corporações policiais em todos os estados, como é de conhecimento de todos, tem problemas graves de corrupção, e seria absurdo permitr que os corruptos se blindem de investigações sob pretextos políticos ou partidários.

Por outro lado, por ser inevitável (e até saudável) que o profissional de segurança tenha suas opiniões políticas e possa desfrutar de todas as liberdades cidadãs no direito de expressá-las, o Estado precisa lhe assegurar uma formação democrática sólida e humanista, para que ele entenda que sua missão é defender o regime democrático, e não o contrário!

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Efrem

02/09/2021 - 13h42

Minorias.

Paulo

02/09/2021 - 12h06

Se as PM’s participarem desse ato de 07 de setembro, deverão ser severamente punidas, mesmo que os policiais se apresentem à paisana, pois se trata de insubordinação grave. Entendo que se fizerem isso deveremos por na mesa a discussão acerca do fim das PM’s…


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