A defesa do ex-presidente Lula apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos que mostram a proximidade do ex-advogado Geral da União, André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para a vaga no STF, com os procuradores da então Operação Lava Jato.
De acordo com as informações colhidas pela Folha, Mendonça chegou a se reunir com integrantes da extinta força tarefa em 2019 e traçou estratégias para alavancar a agenda política dos procuradores.
As informações foram coletadas nas mensagens do procurador Deltan Dallagnol (MPF) que era o “pop star” da Lava Jato com os colegas que também estavam na operação. Essas mensagens foram apreendidas na Operação Spoofing que os advogados de Lula tiveram acesso com autorização do próprio STF.
O conteúdo dessas mensagens circularam entre os senadores que estão completamente irritados com a postura do indicado de Bolsonaro que provavelmente será sabatinado pela Casa.
A defesa de Mendonça com a Lava Jato enquanto advogado-geral da União já era um ranço que ele precisava tentar tirar dos senadores e a revelação dessas novas mensagens só aprofundam a rejeição e a tese de ele vai apoiar pautas do punitivismo que são rechaçadas pelo Congresso Nacional.
O presidente da CCJ no Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem ignorado os apelos da base governista para marcar a sabatina com Mendonça. O demista não esconde de ninguém que é contra a indicação do ex-AGU.