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Encontro político de Mendonça com procuradores da Lava Jato gera revolta nos senadores

A defesa do ex-presidente Lula apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos que mostram a proximidade do ex-advogado Geral da União, André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para a vaga no STF, com os procuradores da então Operação Lava Jato. De acordo com as informações colhidas pela Folha, Mendonça chegou a se reunir com integrantes […]

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A defesa do ex-presidente Lula apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos que mostram a proximidade do ex-advogado Geral da União, André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para a vaga no STF, com os procuradores da então Operação Lava Jato.

De acordo com as informações colhidas pela Folha, Mendonça chegou a se reunir com integrantes da extinta força tarefa em 2019 e traçou estratégias para alavancar a agenda política dos procuradores.

As informações foram coletadas nas mensagens do procurador Deltan Dallagnol (MPF) que era o “pop star” da Lava Jato com os colegas que também estavam na operação. Essas mensagens foram apreendidas na Operação Spoofing que os advogados de Lula tiveram acesso com autorização do próprio STF.

O conteúdo dessas mensagens circularam entre os senadores que estão completamente irritados com a postura do indicado de Bolsonaro que provavelmente será sabatinado pela Casa.

A defesa de Mendonça com a Lava Jato enquanto advogado-geral da União já era um ranço que ele precisava tentar tirar dos senadores e a revelação dessas novas mensagens só aprofundam a rejeição e a tese de ele vai apoiar pautas do punitivismo que são rechaçadas pelo Congresso Nacional.

O presidente da CCJ no Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem ignorado os apelos da base governista para marcar a sabatina com Mendonça. O demista não esconde de ninguém que é contra a indicação do ex-AGU.

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Comentários

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Alexandre Neres

01/09/2021 - 18h19

Grave realmente é alguém que depois de os fatos serem desnudados ainda acredita num justiceiro incorruptível. Sob os auspícios da CIA, bem longe do Brasil, a bem da verdade é demais acreditar que determinada lei foi feita para a exclusão de Sérgio Morto. Parece piada pronta. Olhem os índices do de cujus. Como disse a Hildegard Angel, filha da fantástica Zuzu, essa adoração com Moro não passa de uma pala gay.

Paulo

01/09/2021 - 12h36

Então estamos assim: os congressistas corruptos ou potencialmente corruptos não querem os “punitivistas”. E Bolsonaro não quer um PGR independente. O Congresso quer passar na marra a lei das inelegibilidades para evitar candidaturas que lhes parece antagonista, furtando ao eleitor o direito de decidir – tanto que querem que a lei retroaja, o que é um escárnio, senão um objetivo personalista dirigido a Moro, basicamente -, uma contradição parlamentar insolúvel. Alguém acha que podemos ter República de verdade desse jeito? É grave…


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