O Conselho de Controle de Atividades Financeiras enviou à CPI da Pandemia um relatório sobre o líder do Governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). De acordo com o órgão, o pepista teve “movimentação financeira incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira”.
De acordo com o documento que O Globo teve acesso, entre os dias 1 e 31 de março de 2021, as transferências do parlamentar nesse período totalizaram R$ 418 mil, valor 94% acima do que o deputado declarou como patrimônio líquido, R$ 446 mil.
“Movimentação por meio de saques, os quais dificultam identificar os beneficiários finais dos recursos”, apontou o Coaf. Barros movimentou o montante com parentes e “estreitos colaboradores” sem dar justificativas por eventos econômicos.
Ao todo, o Coaf analisou 13 pessoas físicas e outras 24 como jurídicas. Uma mulher, apontada como administradora das contas de Barros, disse que uma fração da movimentação atípica foi resultado da venda de imóveis e no pagamento de empréstimos do grupo econômico ligado ao parlamentar.
O órgão também lembrou o líder do Governo Bolsonaro é investigado por corrupção passiva, crime eleitoral, lavagem de dinheiro, crimes contra a administração pública, sonegação fiscal, formação de quadrilha, fraude e lavagem eleitoral.
“É investigado pelo MP-PR, por supostamente aproveitar-se de sua influência política para adquirir metade de um lote de R$ 56 milhões em Marialva (PR), após ter declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio total de apenas R$ 1,8 mil. Barros, que também responde por sonegação fiscal, foi citado na lista dos políticos com ‘fichas sujas’”.
Paulo
01/09/2021 - 12h37
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