O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ordenou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro.
A decisão foi tomada no âmbito da investigação que apura a contratação de funcionários fantasmas no gabinete do ’02’. Além de Carluxo, outras 26 pessoas também tiveram seus sigilos quebrados.
O Ministério Público do Rio já trabalha com a possibilidade de um esquema de puculato, desvio de dinheiro público, no gabinete do filho do presidente da República na Câmara de Vereadores do Rio.
Na afirmação do MP, essa prática coincide em saques de dinheiro em espécie das contas dos assessores fantasmas que são entregues ao braço direito do político que é responsável pela arrecadação. Com isso, o dinheiro é utilizado para custear despesas ou para comprar bens para o parlamentar.
Na Casa Legislativa carioca, existe um regulamento que prevê que assessores parlamentares são obrigados a cumprir uma carga horária 40 horas semanais. Porém, o MP revela ter indícios de que os assessores de Carlos não cumpriam o expediente e podem ser considerados fantasmas.
Ainda de acordo com o órgão, o vereador usou grandes quantias de dinheiro vivo ao longo dos seis mandatos na Câmara do Rio. Em documentos, o MP fala em três ocasiões que se enquadram no crime de peculato.
No ano de 2003, Carluxo pagou R$ 150 mil em dinheiro vivo na aquisição de um apartamento na Tijuca, Zona Norte do Rio. Já em 2009, ele entregou pessoalmente cerca de R$ 15,5 mil para cobrir um rombo na bolsa de valores e também naquele ano, ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter R$ 20 mil em espécie guardados em casa.
O órgão também alega que que o modus operandi de roubo do dinheiro público também foi detectado no gabinete de Flávio Bolsonaro, o filho ’01’ do presidente, na época em que era deputado estadual na ALERJ.
Com informações do O Globo
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