O Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitou o afastamento do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, pelas acusações de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação.
De acordo com reportagem da TV Globo, foram 16 depoimentos contra o aliado de Jair Bolsonaro. Na avaliação do procurador Paulo Neto, todos esses depoimentos apontam que os crimes foram cometidos.
O MPT também quer que Sérgio Camargo pague R$ 200 mil por danos morais as vítimas de sua perseguição dentro da Fundação Palmares.
Os servidores disseram a Globo que o bolsonarista gritava e humilhava os funcionários. “Esses homens que têm esses cabelos altos e de periferia é tudo malandro”, esbravejou ele na Fundação. Camargo também dizia que “se achasse um esquerdista, era para avisar”.
“Máquina zero obrigatória para a negrada”. “Negro de esquerda é burro”. “A escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes”.
Essas frases também foram ditas por Sérgio Camargo, presidente da Fundação e foram repudiadas pelo movimento negro. Suas afirmações foram questionadas na Justiça e até pela Organização das Nações Unidas.