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Chico D’Angelo: a privatização dos Correios e a destruição do Brasil

Por Chico D’Angelo, deputado federal (PDT-RJ) O Brasil é um país de dimensões continentais. Desde o período colonial, sempre foi um desafio integrar um território com a dimensão do brasileiro. Neste sentido, o papel desempenhado pelos Correios foi fundamental e é quase tão antigo quanto a nossa própria história. A trajetória dos Correios em nossas […]

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Por Chico D’Angelo, deputado federal (PDT-RJ)

O Brasil é um país de dimensões continentais. Desde o período colonial, sempre foi um desafio integrar um território com a dimensão do brasileiro. Neste sentido, o papel desempenhado pelos Correios foi fundamental e é quase tão antigo quanto a nossa própria história. A trajetória dos Correios em nossas terras começa no século XVII, mais precisamente em 1663, com a criação pela Coroa de Portugal do Correio-Mor, com sede no Rio de Janeiro.

Durante o século XIX, especialmente no Segundo Reinado, os Correios se modernizaram, com o lançamento de selos postais, a distribuição de correspondências nos domicílios dos destinatários, a criação de caixas de coleta, do quadro fixo de carteiros e do telégrafo.
Durante o governo do presidente Getúlio Vargas, na década de 1930, os Correios recebem grandes investimentos, com a criação do Departamento dos Correios e Telégrafos (DCT) e o estímulo à profissionalização dos trabalhadores dos serviços postais. Em 1969, o DCT virou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

De lá pra cá, o serviço só fez crescer, com mais de cem produtos oferecidos, ampliação de serviços pela internet e a presença em todos os municípios brasileiros, com unidades próprias ou franqueadas.

As propostas de privatização dos Correios e Telégrafos acompanham o sucateamento da empresa, acentuado a partir do golpe de 2016, que destituiu a presidente Dilma Rousseff, e agora ampliado pelo desmonte dos serviços públicos promovido pelo governo Bolsonaro e pela gestão entreguista de Paulo Guedes no Ministério da Economia. O desvairado ministro parece disposto a se livrar de tudo, liquidando o país como se estivesse vendendo frutas na feira.

Ao insistir na privatização dos Correios, o que temos é um projeto que atinge o Brasil de duas formas: desmonta uma empresa que é símbolo da integração do país e dá mais um duro golpe na soberania nacional, em nome dos interesses escusos do mercado. A absoluta falta de comprometimento dos arautos do neoliberalismo com nosso desenvolvimento já se expressa na admissão de que os Correios, uma vez entregues ao capital privado, talvez não consigam dar conta de oferecer serviços para os rincões mais distantes do Brasil; o que teria que ser feito pelo Estado. Em suma, o que os adeptos da privatização dos Correios querem é simplesmente o lucro, sem qualquer contrapartida ou responsabilidade social.

A inflação sobe, o emprego some, os serviços públicos se deterioram, a educação desanda, a cultura é abandonada, o patrimônio público é dilapidado, a democracia é ameaçada. Não nos enganemos: a privatização dos Correios é mais um aspecto do único projeto que o atual governo parece ter: o de destruir e inviabilizar o Brasil, condenando as gerações futuras a viver num país hostil ao seu povo e descompromissado com as lutas de sua História.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Nelson

28/08/2021 - 23h10

Qualquer economista sério vai reconhecer que os países que alcançaram níveis mais elevados de desenvolvimento só chegaram lá porque tinham um Estado forte a ditar o rumo a seguir. É o que diz o filósofo e linguista estadunidense Noam Chomsky.

Como os países ricos, Estados Unidos à frente, não desejam que os países pobres ou em desenvolvimento se igualem a eles ou mesmo cheguem perto, passaram, através das receitas “milagrosas” do duo FMI/Banco Mundial, a prescrever o Estado mínimo. Com esta receita, os países ricos procuram atingir dois objetivos:

1 – Evitam que os países pobres, ao investirem nas suas potencialidades, tenham condições de fazerem suas economias avançarem a ponto de virem, em prazo não muito longo, a se tornarem competidores deles no mercado mundial.

2 – Por meio das privatizações, vão se assenhoreando do patrimônio e das riquezas pertencentes aos povos dos países pobres. Assim, vão ampliando os espaços de obtenção de lucros por suas grandes corporações, ao mesmo tempo em que viabilizam a consecução do objetivo primeiro.

Podemos chamar os países ricos de um monte de coisas, porém, há que reconhecermos sua imensa capacidade de engendrar mecanismos engenhosos que, apesar da intensa propaganda que fazem, não têm qualquer objetivo altruísta. Seu objetivo é, unicamente, manter os países que estão abaixo deles sob seu tacão pelo resto dos tempos.

Então, as privatizações não trarão qualquer benefício para a esmagadora maioria do povo e, por consequência, para a nação como um todo. As privatizações só trarão ganhos para uma ínfima parcela da população que fica longe de 1% do total e para os acionistas das grandes empresas que vierem a se assenhorear das riquezas do povo.

Em entrevista concedida ao jornalista Silio Boccanera, o economista sul-coreano, Ha Joon Chang, deita por terra o mito do Estado Mínimo e conta como o país mais capitalista do mundo, reino da iniciativa privada, os EUA, só conseguiu resistir ao colonialismo inglês no século 18 com medidas firmes impostas pelo …. Estado.

A entrevista de Ha Joon Chang está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=WKNC1VnxQis. Num vídeo de pouco mais de três minutos, ele acaba, inapelavelmente, com dogmas neoliberais/liberais/privatistas.

Se aceitassem as imposições que eram feitas pela Inglaterra no século 18, os EUA estariam até hoje vendendo peles. Com esta afirmação, Noam Chomsky ratifica as afirmações de Chang acerca das políticas adotadas pelo governo (Estado) estadunidense para proteger seu incipiente parque industrial da concorrência inglesa.

EdsonLuiz.

27/08/2021 - 16h39

Ouvi um trombone!
Asdrúbal trouxe o trombone e tocou afinado.

Eu concordo com Asdrúbal nessa questão dos Correios.

Tudo o que me entregam, hoje em dia tem mais rapidez e eficiência quando nåo é pelos Correios.

Alguns serviços públicos importantes que os Correios prestam no interiorzão e que acabarão se os Correios saírem podem ser prestados em outros vários lugares, como no balcão da prefeitura do lugar.

O Estado é importante na economia, especialmente em tecnologias de fronteira, mas o Estado não é importante entregando cartinhas e caixinhas. O Estado não é importante tirando petróleo para queimarem nos carros e fuderem com o ambiente.

A Petrobrás já devia ter acabado há muito tempo e se transformado em uma empresa de energias renováveis. E o dinheiro que não tem para montar essa empresa de energias renováveis devia vir exatamente da privatização de 3/4 da Petrobrás.

Alguma coisa do Estado no petróleo, 1/4da Petrobrás atual, devia ser mais para pesquisa e regulação do mercado.

Quanto aos Correios, já passou da hora de ser privatizado. Como não foi privatizado até hoje, podemos esperar um pouquinho, para bolsonaro não se beneficiar da privatização.

Adilson Geraldo Corrêa

27/08/2021 - 10h31

Veja a verdade abaixo, quem destruiu os correios foi o PT.

Pode apagar meu posto, fique a vontade. rsrs

Uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) responsabilizou o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva dos Correios por não tomarem medidas que evitassem a dilapidação do patrimônio da estatal. Isso porque a parte dos lucros e outros dividendos da empresa repassados para a União entre 2011 e 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, ficaram muito acima do que o recomendado, comprometendo a saúde financeira dos Correios. Em 2015, a situação chegou a tal ponto que a empresa teve um prejuízo de R$ 2,1 bilhões.
Segundo a CGU, os Correios pagaram à União aproximadamente R$ 1,9 bilhões entre 2000 e 2010. Nos três anos seguintes, os valores subiram para R$ 2,9 bilhões. O resultado desses repasses e outros problemas na gestão da estatal foi a redução do caixa dos Correios. Em 2011, havia R$ 6 bilhões. Em 2013, caiu para R$ 4,5 bilhões. Em 2015, já estava em R$ 1,9 bilhão. “Somente em 2011, foi repassado o valor de R$ 1,7 bilhões. Assim, verifica-se que já havia a possibilidade de se entrever que essa situação poderia causar um impacto financeiro à empresa. Ainda assim, foram pagos mais R$ 1,2 bilhões, somando-se os valores repassados em 2012 e 2013”, diz trecho da auditoria. O estatuto da empresa prevê que sejam repassados no mínimo 25% do lucro líquido. Mas, na prática, o percentual ficava muito acima, às vezes chegando a 100%. Em 2013, a situação se agravaria. Os Correios adiantaram ao governo R$ 300 milhões, 97% do lucro que teria naquele ano, no total de 308,2 milhões. Em 2014, no entanto, foi constatado que houve na verdade um prejuízo de R$ 312,5 milhões. Segundo a CGU, já havia tendência de queda no lucro operacional em 2011, mas a Secretaria do Tesouro Nacional entendeu na época que a situação econômica dos Correios era confortável. Para a CGU, houve falta de zelo do Conselho de Administração da Diretoria Executiva no pagamento de dividendos. “A partir de 2011 os lucros operacionais da Empresa já apresentavam uma tendência de queda, por conseguinte, a ECT (Correios) poderia ter exposto sua posição econômica junto ao Tesouro Nacional, de forma a evitar elevados montantes de repasses ou, ao menos, alertar o acionista das consequências desfavoráveis que essas transferências poderiam causar”, diz trecho da auditoria. Em sua defesa, que consta no relatório, os Correios disseram que, “por ser uma empresa pública com 100% de seu capital da União, o acionista é representado na Assembleia-Geral pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, representante do órgão, Ministério da Fazenda, que determinou o pagamento dos valores aos Correios”. A CGU não ficou satisfeita com a explicação: “Em que pese o acionista, representado pela PGFN, ter a prerrogativa de solicitar os repasses dos dividendos, a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração da ECT são instâncias deliberativas do processo, conforme reiterado na própria manifestação, e, por esse motivo, têm o dever de proteger os interesses da empresa, atuando como instância de aprovação para o pagamento de dividendos.” O Globo Editado por Folha Política

Adilson Geraldo Corrêa

27/08/2021 - 08h48

Uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) responsabilizou o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva dos Correios por não tomarem medidas que evitassem a dilapidação do patrimônio da estatal. Isso porque a parte dos lucros e outros dividendos da empresa repassados para a União entre 2011 e 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, ficaram muito acima do que o recomendado, comprometendo a saúde financeira dos Correios. Em 2015, a situação chegou a tal ponto que a empresa teve um prejuízo de R$ 2,1 bilhões.
Segundo a CGU, os Correios pagaram à União aproximadamente R$ 1,9 bilhões entre 2000 e 2010. Nos três anos seguintes, os valores subiram para R$ 2,9 bilhões. O resultado desses repasses e outros problemas na gestão da estatal foi a redução do caixa dos Correios. Em 2011, havia R$ 6 bilhões. Em 2013, caiu para R$ 4,5 bilhões. Em 2015, já estava em R$ 1,9 bilhão. “Somente em 2011, foi repassado o valor de R$ 1,7 bilhões. Assim, verifica-se que já havia a possibilidade de se entrever que essa situação poderia causar um impacto financeiro à empresa. Ainda assim, foram pagos mais R$ 1,2 bilhões, somando-se os valores repassados em 2012 e 2013”, diz trecho da auditoria. O estatuto da empresa prevê que sejam repassados no mínimo 25% do lucro líquido. Mas, na prática, o percentual ficava muito acima, às vezes chegando a 100%. Em 2013, a situação se agravaria. Os Correios adiantaram ao governo R$ 300 milhões, 97% do lucro que teria naquele ano, no total de 308,2 milhões. Em 2014, no entanto, foi constatado que houve na verdade um prejuízo de R$ 312,5 milhões. Segundo a CGU, já havia tendência de queda no lucro operacional em 2011, mas a Secretaria do Tesouro Nacional entendeu na época que a situação econômica dos Correios era confortável. Para a CGU, houve falta de zelo do Conselho de Administração da Diretoria Executiva no pagamento de dividendos. “A partir de 2011 os lucros operacionais da Empresa já apresentavam uma tendência de queda, por conseguinte, a ECT (Correios) poderia ter exposto sua posição econômica junto ao Tesouro Nacional, de forma a evitar elevados montantes de repasses ou, ao menos, alertar o acionista das consequências desfavoráveis que essas transferências poderiam causar”, diz trecho da auditoria. Em sua defesa, que consta no relatório, os Correios disseram que, “por ser uma empresa pública com 100% de seu capital da União, o acionista é representado na Assembleia-Geral pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, representante do órgão, Ministério da Fazenda, que determinou o pagamento dos valores aos Correios”. A CGU não ficou satisfeita com a explicação: “Em que pese o acionista, representado pela PGFN, ter a prerrogativa de solicitar os repasses dos dividendos, a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração da ECT são instâncias deliberativas do processo, conforme reiterado na própria manifestação, e, por esse motivo, têm o dever de proteger os interesses da empresa, atuando como instância de aprovação para o pagamento de dividendos.” O Globo Editado por Folha Política]

Fonte: https://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/435179973/o-governo-dilma-tomou-dos-correios-volume-de-dinheiro-459-maior-que-os-antecessores

Asdrubal

26/08/2021 - 20h36

Uns meses atrás fiz uma compra pela internet que não veio pelo correio e chegou em 3 dias.
Agora, uma outra encomenda, coisa de trabalho, foi despachado no dia 20 e pode ser que chegue amanhã (27).
Ambos sairam de grandes centros e aqui é beeem interiorizão.
Se nao quiser vender o correio, tudo bem, não precisa, há alternativas. Só não pode querer q o governo depois cubra os prejuízos. Se tiver que falir, que vá a falência.


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