O último compromisso do ex-presidente Lula (PT) no Ceará foi uma conversa com o senador Cid Gomes (PDT) no Palácio da Abolição, sede do governo estadual. Com a intermediação do governador Camilo Santana (PT), as duas lideranças voltaram a dialogar após cinco anos de afastamento.
Durante a conversa com o pedetista, Lula garantiu que não vai interferir no cenário local e muito menos atrapalhar a manutenção da aliança entre PT e PDT no Ceará.
Os dois partidos são aliados locais há quase 20 anos, mas a relação ficou azeda após as críticas pesadas e constantes do ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato a presidência pelo PDT, contra o ex-presidente Lula.
O papo agradou Camilo, entusiasta da permanência da aliança entre petistas e pedetistas no estado. Eleito em 2014 após o acordo entre Cid Gomes e Lula, o governador pretende se lançar ao Senado e deixar os últimos oito meses da gestão para a vice Izolda Cela, do PDT.
Ainda não existe um nome definitivo no grupo governista sobre quem vai disputar a sucessão de Camilo. Pelo PT, uma ala do partido defende candidatura própria, mas até o momento, existe dificuldade para viabilizar um nome para as eleições do ano que vem.
Já pelo PDT, o nome mais forte eleitoralmente é o do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, próximo de Cid Gomes. Contudo, o deputado licenciado e atual secretário de Planejamento e Gestão do Ceará, Mauro Filho (PDT), também se articula com o apoio de Ciro Gomes.
Um terceiro nome que começou a fazer articulação pelo interior do estado é o do atual presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT). Considerado homem forte do governo Camilo, Leitão poderá migrar para o PSB na janela partidária e ser o candidato com apoio direto do grupo camilista e das lideranças próximas de Cid Gomes.
helio
24/08/2021 - 11h20
O momento do país pede conversa e acordo em torno de um projeto de reconstrução social e institucional.