Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os incêndios no Pantanal registrados este ano já alcançam ritmo da destruição recorde de 2020, quando a região sofreu o pior desastre ambiental de sua história.
“Neste ano, o Pantanal secou mais do que o ano passado”, afirma Márcio Yule, 57, coordenador em Mato Grosso do Sul do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama, em entrevista à Folha.
O sistema do Lasa identificou que, de janeiro até hoje, as queimadas já destruíram 261,8 mil hectares do Pantanal, o que é quase igual à destruição verificada no mesmo período de 2020, que foi de 265,3 mil hectares.
A destruição se deteriorou sobretudo nos últimos dias.
“Até a última semana, estava bem tranquilo. Terminamos o mês de julho com 56% menos focos de incêndio do que no ano passado. Agora, este ano já está mais complicado”, explicou Yule.
Em 2020, o incêndio se concentrou mais no Mato Grosso. Este ano, a área mais atingida é o Mato Grosso do Sul.