Na semana que convocou produtores de soja e caminhoneiros para uma “paralisação geral” e invadir o Senado em prol da derrubada de ministros do Supremo Tribunal Federal, o cantor bolsonarista Sérgio Reis almoçou com Jair Bolsonaro e o presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Antonio Galvan, em Brasília.
No áudio que vazou, Reis afirmou que os produtores de soja estavam financiando as manifestações de 7 de setembro para pregar o impeachment de ministros da Suprema Corte.
Nos detalhes repassados ao seu amigo “Marcelão”, o cantor de 81 anos disse que tinha se reunido com 40 produtores, classificados como “os grandes do Brasil”. Já o dinheiro injetado seria para “a ida de 400 índios para Brasília e eu, bancaram tudo e eu apresentei 400 índios para o Bolsonaro”.
Porém, após receber pressão do terceiro maior produtor de soja do mundo, Blairo Maggi, a Aprosoja agora divulgou nota em favor da democracia. Maggi também desautorizou Galvan a usar a entidade para defender ou financiar o golpismo de Sérgio Reis.
Na nota, a Aprosoja disse que “sempre defendeu de forma peremptória o Estado Democrático de Direito e o equilíbrio entre os Poderes da República e continuará a ter a mesma postura republicana” e que “não financia e tampouco incentiva a invasão do Supremo Tribunal Federal ou quaisquer atos de violência contra autoridades, pessoas, órgãos públicos ou privados em qualquer cidade do país”.
Com informações da Folha.