Por Altamiro Borges
A pesquisa divulgada nesta semana pela XP, que é um antro do capital financeiro, ajuda a explicar o crescente descontrole emocional de Jair Bolsonaro, que fala em “contragolpe”, xinga a mãe de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e só vive rodeado de milicos e tanques sucateados. Como afirma o relatório em linguagem adocicada, a sondagem “mostra a continuidade na tendência de crescimento das avaliações negativas do governo”.
Segundo os números de agosto, 54% dos brasileiros consideram o laranjal do “capetão” ruim ou péssimo – contra 52% no mês passado. O índice é recorde na série histórica da pesquisa XP/Ipespe. O crescimento na rejeição é constante desde outubro de 2020, quando o índice era 31%. Em curto espaço de tempo, a rejeição pulou de 31% para 54%. Na outra ponta, os que consideram o governo bom ou ótimo somam 23%, dois pontos a menos que na sondagem de julho.
Os pesquisadores também questionaram sobre a percepção que os entrevistados têm acerca da forma como o presidente da República administra a economia brasileira – e 63% manifestaram total desaprovação. O número é impressionante e deve ter assustado o “deus-mercado”. Houve aumento também da perspectiva negativa da sociedade para o restante do mandato do genocida: de 47% para 50%.
Aumenta a vantagem de Lula
Para desespero dos banqueiros, a pesquisa da XP ainda confirmou o crescimento das intenções de voto no ex-presidente Lula em 2022. “No levantamento de agosto, ele aparece com 40%, dois pontos percentuais a mais que na pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro tem 24%, dois pontos a menos… Esta é a quinta pesquisa em que o ex-presidente repete a tendência de alta – ele tinha 25% em março, quando seu nome voltou a ser testado”.
Já no cenário para o segundo turno do pleito presidencial, Lula também ampliou vantagem sobre Jair Bolsonaro. O petista oscilou dois pontos para cima, e o fascista, três para baixo. Pela pesquisa, o ex-presidente venceria com 51% dos votos, contra 32% do atual presidente. A sondagem também mostra que Lula venceria outros possíveis contendores no segundo turno: contra Ciro Gomes (49% a 31%), Sergio Moro (49% a 34%) e Eduardo Leite (51% a 27%).
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