Na última terça-feira, 17, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, emitiu um parecer onde coloca em cheque a eficácia do uso de máscaras contra Covid-19, indo na contramão da ciência e das próprias autoridades sanitárias.
Próxima da família Bolsonaro, Lindôra disse que leis e decretos que obrigam o uso de máscara em ambientes públicos é passível apenas de sanção administrativa, sem gravidade para resultar numa punição penal. Por diversas vezes, Bolsonaro apareceu sem máscara em eventos com aglomeração.
A manifestação da sub-procuradora causou repulsa de senadores como o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que anunciou que um grupo de parlamentares devem enviar uma representação contra Lindôra no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Já a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) rechaçou o parecer da PGR e fez uma postagem nas redes incentivando o uso da máscara.
“A máscara é uma barreira física que reduz significativamente o risco de contágio por Covid-19. Estudos de todo o mundo já concluíram que, se usada corretamente, o índice de proteção chega a 90%”.