Um dos pontos polêmicos do projeto de reforma eleitoral aprovado ontem pela Câmara dos Deputados foi a volta das coligações em eleições proporcionais. Esse ponto foi o Destaque 14 da PEC 125/2011 (ver aqui a orientação de partidos e votos dos deputados).
Os críticos das coligações alegam que elas estimulam a proliferação de legendas de aluguel, que sobrevivem das sobras de votos e recursos financeiros oriundos dos grandes partidos.
Por esse motivo, é um ponto que beneficiaria esses grandes partidos, que teriam um poder de barganha para receber apoio dos pequenos.
Alguns pequenos partidos ideológicos, como o PCdoB, vêem as coligações como uma corda de salvação para sobreviver as duras exigências da cláusula de barreira, que vem ameaçando a sua existência.
Os que entendem que o Brasil tem um número excessivo de partidos, o que dificultaria a governabilidade e provocaria distorções na representatividade política, são críticos da coligações.
Entretanto, a mesma foi aprovada ontem por uma esmagadora maioria dos parlamentares: 333 votos em favor, e 149 votos contra.
Entre os partidos de oposição, PT, PSB e PCdoB orientaram em favor da volta das coligações.
Recém ingresso no PSB, Marcelo Freixo seguiu a orientação do partido e votou sim. Apenas cinco deputados do PSB votaram não.
No PT, somente três deputados foram contra a orientação da legenda e votaram não, entre eles Zeca Dirceu.
PDT e Psol, por sua vez, votaram contra. Quatro deputados do PDT votaram sim.
Tanto o texto-base da PEC quanto seus destaques, porém, ainda precisam ser aprovados pelo Senado.