O líder do Governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse durante seu depoimento que a CPI da Pandemia “afastou” fornecedores de vacina ao Brasil e que a comissão deveria se preocupar em gerar “bons resultados”.
Antes de falar isso, o parlamentar assumiu sobre sua relação com a empresa Delcher, com sede Maringá (PR), seu reduto eleitoral. A Delcher era a representante da chinesa Cansino, desenvolvedora da vacina Convidencia.
Ainda no seu depoimento, Barros disse que a Delcher abriu portas para um “bom negócio”, um imunizante de dose única pelo valor de US$ 17 por dose. Foi a partir daí que o pepista acusou a CPI e gerou revolta dos senadores.
“A compra da vacina Convidecia seria por US$ 17 dólares. Espero que essa CPI produza bons resultados para o Brasil porque o negativo já fez. A CPI afastou a vacinas do Brasil”.
Após a fala, senadores do chamado G7 reagiram aos ataques do líder do governo até que o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão para analisar a possibilidade de transformar o convite de Barros em convocação.
“Afastamos as vacinas que vocês do governo queriam tirar proveito”, disse Aziz.