O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), caminham juntos no que diz respeito a omissão diante dos ataques diários e sistemáticos de Jair Bolsonaro contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Até o momento, ambos não agiram com firmeza e muito menos saíram em defesa da Suprema Corte em meio a guerra aberta de Bolsonaro contra o Judiciário. Nos últimos dias, ele tem concentrado seus ataques contra os ministros Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, e Alexandre de Moraes, que incluiu Bolsonaro como investigado no inquérito das fake news.
Pelo lado de Lira, sua única disposição demonstrada até agora é de ajudar a enterrar de vez a PEC do Voto Impresso. Ele já anunciou que deve levar a proposta da deputada Bia Kicis (PSL-DF), rejeitada por duas vezes na Comissão Especial, ao Plenário da Câmara.
Já o PGR teve um encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, na tarde desta sexta-feira, 6. A conversa durou aproximadamente 50 minutos e Aras se limitou a dizer em nota que defende o “diálogo” entre os poderes.
“Renovaram o compromisso da manutenção de um diálogo permanente entre o Ministério Público e o Judiciário para aperfeiçoar o sistema de Justiça a serviço da democracia e da República”, afirma a nota.
Ele não falou com a imprensa após o encontro com Fux que pediu ao PGR que apenas cumpra o seu papel diante da profunda crise institucional gerada por Bolsonaro.