Em 20 de outubro de 2020, o Brasil tinha 155 mil mortos.
Nesse dia, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, do PP, defendia, numa reunião técnica do próprio parlamento, para discutir estratégias de enfrentamento a Covid, que tudo voltasse a “normalidade”, e que se buscasse a “imunidade de rebanho”.
Hoje, 6 de agosto de 2021, temos 561 mil mortos. Isso significa que, desde a fala de Barros até hoje, morreram 406 mil brasileiros, e isso com todas as medidas preventivas tomadas contra a disseminação da doença, muitas delas dificultadas pela inação, omissão, ou mesmo sabotagem explícita do governo federal e do presidente da república.
A fala de Ricardo Barros é mais uma prova de que o governo Bolsonaro abraçou a estratégia genocida da “imunidade de rebanho”.
Um dos cientistas ouvidos pela CPI falou sobre essa expressão, que lhe indigna já em sua forma, porque os seres humanos não deveriam ser chamados de “rebanho”. Essa palavra é usada para gado marcado para morrer no matadouro.
A mesma CPI já identificou que as ações (ou inações) do governo custaram centenas de milhares de vidas, que poderiam ter sido poupadas.
Olha, se o vídeo do líder do governo na câmara dos deputados defendendo a imunidade de rebanho por contaminação não é prova de que essa era a estratégia do governo, nada mais é.
Ricardo Barros, em 28/10/2020, em evento que ele mesmo organizou para tratar de imunidade de rebanho. pic.twitter.com/7XmQSbkesx
— tesoureiros (@tesoureiros) August 5, 2021
Fanta
06/08/2021 - 10h06
A imunidade de rebanho é indispensavél e se obtem naturalmente ou com vacina.