O presidente da república, Jair Bolsonaro, que desistiu de fingir que trabalha, e agora passa o dia todo conversando no cercadinho, dando entrevistas ou passeando de moto, esteve hoje em Joinville, Santa Catarina.
A palestra de 45 minutos, de “entrega da medalha da machadinha” foi o seu único compromisso do dia.
Bolsonaro também provocou aglomerações e apertou a mão de pessoas, sem uso de máscaras. Nenhum dos seguranças do presidente usa máscara.
O Ministério Público Federal deveria punir exemplarmente esse tipo de ação criminosa, onde o presidente, para agradar seu ego, deliberadamente expõe dezenas de pessoas ao risco de serem contagiadas e contagiarem outras. E isso num momento em que as tensões sanitárias se agravam em todo mundo, por causa da disseminação da variante Delta, uma mutação muito mais contagiosa e letal do novo coronavírus.
Um internauta filmou o presidente xingando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, de “filho da puta”.
A obsessão de Bolsonaro por Barroso é inteiramente irracional, pois o ministro não está sozinho. Todos os ministros do TSE, 9 entre 10 ministros do STF, todas as associações de classe ligadas ao judiciário, além da OAB, tem manifestado exatamente a mesma opinião de Barroso, de que o sistema eleitoral é seguro, e que o voto impresso representaria um retrocesso.
Ontem, na Comissão Especial que analisa o projeto, o voto impresso foi derrotado fragorosamente: 23 X 11 contra o relatório.
Na cabeça de Bolsonaro, o ministro Barroso é o culpado de tudo isso: Barroso seria uma espécie de deus grego, dotado de um extroardinário “poder de persuasão” capaz de mudar a cabeça de todos.
Bolsonaro, além de vagabundo (literalmente, visto que não trabalha), é um doente mental.