Cada vez mais atolado na crise política e da impopularidade, Jair Bolsonaro voltou a ameaçar as instituições após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar que ele seja incluído como investigado no inquérito das fake news.
“Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição”, ameaçou na Jovem Pan.
O discurso colérico e golpista é motivado pelo fato da abertura de inquérito das fake news e sua inclusão como investigado ter sido aberto de ofício e não pela Procuradoria-Geral da República, comandado por Augusto Aras.
“O meu jogo é dentro das quatro linhas da Constituição. Se começar a chegar algo fora das quatro linhas, eu sou obrigado a sair das quatro linhas, é coisa que eu não quero. É como esse inquérito, do senhor Alexandre de Moraes. Ele investiga, pune e prende? É a mesma coisa”, esbravejou.
“Estão se precipitando. Um presidente da República pode ser investigado? Pode. Num inquérito que comece no Ministério Público e não diretamente de alguém interessado; esse alguém vai abrir o inquérito, como abriu? Vai começar a catar provas e essa mesma pessoa vai julgar? Olha, eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição. E jogo, se preciso for, com as armas do outro lado. Nós queremos paz, queremos tranquilidade. O que estamos fazendo aqui é fazer com que tenhamos umas eleições tranquilas ano que vem”.
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