No depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira, 4, o coronel Marcelo Blanco assumiu que negociou vacinas com a iniciativa privada antes da lei sobre o tema ser sancionada pelo governo.
De acordo com ele, as articulações se iniciaram no dia 9 de fevereiro deste ano junto com o cabo da PM de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominguetti. Contudo, a lei que autoriza esse tipo de operação somente foi sancionada por Jair Bolsonaro em 10 de março.
”A primeira menção a se ter uma lei é do dia 18 de fevereiro. A primeira reunião ocorre no dia 21 de fevereiro, eu participei, sob a resistência do governo ao projeto de lei”, lembrou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O coronel minimizou e disse que buscava ter um “modelo de negócio”. “No sentido que a gente já percebeu um primeiro movimento do parlamento, a gente já buscava construir um modelo de negócio”.
Para tentar provar o que estava dizendo, o militar divulgou áudios sobre as tratativas com o cabo da PM para vender os imunizantes a iniciativa privada. Ainda segundo Blanco, as negociações aconteceram entre 9 e 22 de fevereiro.
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