Por Altamiro Borges
O site Metrópoles informa que a “Justiça deu nesta segunda-feira (2) cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga [da Saúde] expliquem a concessão da Medalha Oswaldo Cruz à Michelle Bolsonaro. O despacho é do juiz Ávio Mozar José Ferraz de Novaes, da 12ª Vara Federal Cível da Bahia”.
O magistrado atendeu ao pedido do deputado Jorge Solla (PT-BA), que argumentou que o “capetão” violou a moralidade e a impessoalidade e agiu com desvio de finalidade ao conceder a medalha à esposa. Além de pedir o cancelamento da honraria indecorosa, o parlamentar ainda solicitou que o Ministério Público Federal apure se houve improbidade do presidente da República.
Crise conjugal e homenagens indecentes
Essa é a terceira condecoração que a primeira-dama – também chamada carinhosamente de ‘Micheque’ Bolsonaro – recebe neste ano. Além da Medalha do Mérito Oswaldo Cruz – que é “direcionada a pessoas que tenham contribuído para o bem-estar físico e mental da coletividade brasileira” –, em maio passado ela ganhou a Medalha da Vitória e, em junho, a Ordem do Mérito da Defesa.
A Medalha da Vitória é dada a pessoas que “contribuíram para a difusão dos feitos dos ex-combatentes durante a Segunda Guerra Mundial, participado de conflitos internacionais na defesa dos interesses do país ou integrado missões de paz”. Já a Ordem do Mérito da Defesa serve para homenagear “relevantes serviços ao Ministério da Defesa ou às Forças Armadas do Brasil”.
As condecorações são descaradamente indecentes. Verdadeiros absurdos e aberrações! Em outra notinha publicada na semana passada, o site até apimentou a notícia. “As três homenagens seguidas vêm num momento em que o casamento de Michelle e Bolsonaro atravessa uma crise” – o que não justifica essas aberrações com medalhas oficiais.
Capachos no Exército e na Câmara Federal
Já o site UOL informa que, além de “Micheque” Bolsonaro – beneficiada com R$ 89 mil até hoje sem explicação pelo miliciano Fabrício Queiroz –, o presidente também concedeu a Medalha do Mérito Oswaldo Cruz ao general golpista Walter Braga Netto, seu capacho no Ministério da Defesa, e ao deputado Arthur Lira (PP-AL), seu capacho “provisório” na presidência da Câmara Federal, entre outros apaniguados.
Como registra o site, “não há nenhuma explicação sobre quais feitos teriam justificado a entrega da medalha à lista de autoridades escolhidas por Bolsonaro. Nenhum médico ou cientista com atuação na linha de frente no combate à pandemia de Covid-19, por exemplo, foi lembrado na lista. A concessão da medalha é feita por decreto do Poder Executivo, mediante proposta do Ministério da Saúde”.
Gilmar Tranquilão
04/08/2021 - 12h43
O Osmar Terra aprovou kkkkkkk